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Coronel nega que reunião na Asa Norte era para redigir carta pró-golpe

Polícia Federal questionou coronel do Exército sobre possível elaboração de carta pró-golpe em salão de festas de prédio da Asa Norte

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1 de 1 Vídeo Exército escudo - Foto: Rafael Ferreira/ Metrópoles

A investigação da possível trama pelo golpe de Estado colocou um salão de festas da Asa Norte na mira da Polícia Federal. Os agentes questionaram o coronel Cleverson Ney Magalhães, da reserva do Exército, sobre uma possível elaboração de carta pró-intervenção militar em um salão de prédio da SQN 305.

Os detalhes do depoimento de Cleverson vieram à tona após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar o sigilo desse e outros esclarecimentos prestados por militares e civis em inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado planejada durante o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL). Entre questionamentos da PF e respostas do coronel Cleverson, o salão de festas do prédio da SQN 305 foi citado seis vezes.

Os agentes da Polícia Federal questionaram, principalmente, sobre aquele ter sido o local onde foi elaborada a Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa, em novembro de 2022. O texto, que circulou em grupos bolsonaristas na época, não tinha assinaturas, mas passou a ser viralizado como petição pró-golpe, com frases como “nossa nação sabe que seus militares não a abandonarão”.

“Covardia e fraqueza”

A carta ainda afirmava que “covardia, injustiça e fraqueza são os atributos mais abominados para um soldado”, em um contexto em que apoiadores de Jair Bolsonaro pressionavam oficiais do Exército para anular o resultado das urnas, que acabou com a vitória de Lula (PT). Na PF, Cleverson Ney negou que o texto tenha sido elaborado no salão de festas da Asa Norte.

Ele disse que aquele local recebeu um “encontro natural” entre militares com a mesma especialidade, em 28 de novembro de 2022. Cleverson alegou ainda que a reunião não aconteceu em um “ambiente militar”, mas em um prédio onde morava o pai de outro coronel. “Se tratou de confraternização de final de ano extremamente informal”, traz o depoimento à PF.

O depoente falou ainda que os presentes conversaram sobre “família, copa do mundo, profissão” e outros assuntos, e negou qualquer participação na elaboração da carta ao comandante. Entre os presentes no salão de festa, ele se recorda de ter visto o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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