metropoles.com

Para coronel, golpistas viviam realidade paralela: “Pessoa me disse que era ET”

Em depoimento de CPI que investiga tentativa de golpe, ex-comandante de Operações da PMDF diz que bolsonaristas estavam em uma bolha

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Manifestantes vestidos de verde e amarelo protestam no QG do Exército, em Brasília, contra derrota de Bolsonaro nas eleições. Eles se recusaram a assistir o jogo do Brasil na Copa do Mundo - Metrópoles
1 de 1 Manifestantes vestidos de verde e amarelo protestam no QG do Exército, em Brasília, contra derrota de Bolsonaro nas eleições. Eles se recusaram a assistir o jogo do Brasil na Copa do Mundo - Metrópoles - Foto: null

O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que chegou a atuar quanto ao acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, disse que os bolsonaristas viviam em “uma realidade paralela”, em uma bolha dentro de um universo próprio.

“Escutei relatos que falei: ‘Não é possível’. Uma pessoa me abordou e disse que era extraterrestre, estava infiltrado e, assim que o Exército tomasse, eles iam ajudar a tomar o poder”, relatou.

Naime presta depoimento nesta quinta-feira (16/3) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que investiga a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Ele foi questionado sobre as ações da PM para coibir o ato no QG, que acabou sendo a pólvora para a invasão de prédios públicos e tentativa de tomada do Poder.

Segundo Naime, os manifestantes só consumiam as informações que eram geradas e divulgadas dentro do QG, entre bolsonaristas. “Estavam na bolha deles”, comentou. Outro relato do PM sobre as tentativas de conter o ato golpista mostra a interferência do Exército. O coronel comentou sobre um episódio em que chegou a ser retirado do Setor Militar.

“Fui acessar a área onde toda a população estava acessando, fardado, com patrulheiro do lado, mas fui abordado por um soldado que botou a mão no meu peito, me proibiu de entrar, chamou o GSI, a comando do capitão Roma. A população veio correndo, veio um sargento me apontando o dedo na cara, me mandando sair, a população começou a me xingar e fui colocado para fora.”

Naime ainda disse que teve informações sobre um grande arrecadamento de dinheiro diário no acampamento. “Tínhamos conhecimento da ‘Máfia do Pix’, de lideranças que ficavam ali. Não temos nomes, mas elas ficavam no acampamento pedindo para que as pessoas fizessem Pix para manter o acampamento.”

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?