Coronavírus: PF suspende cursos para vigilantes em academias
A validade das reciclagens dos vigilantes que vencem a partir de 12 de março será prorrogada até 12 de junho de 2020
atualizado
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A Polícia Federal determinou a suspensão dos cursos de formação e aperfeiçoamento de vigilantes. Conforme o Metrópoles mostrou nessa segunda-feira (16/03), algumas academias do DF e escolas de vigilância e segurança privada seguiram com o treinamento mesmo após a pandemia do coronavírus. No Distrito Federal, 22 pessoas estão contaminadas com a doença.
Um documento assinado pelo delegado de Polícia Federal Guilherme Lopes Maddarena, responsável pela fiscalização do setor, determina que os cursos devem obedecer as regras impostas pelas autoridades locais quanto a eventual suspensão das atividades acadêmicas.
No texto, o delegado explica que “a validade das reciclagens dos vigilantes que vencem a partir de 12 de março será prorrogada até 12 de junho e 2020, podendo este prazo ser reavaliado caso perdure o estado de emergência de saúde pública”.
Inspeção
Nessa segunda-feira (16/03), uma comissão do Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF) flagrou estabelecimentos com aulas, inclusive de defesa pessoal. Os diretores do sindicato percorreram várias regiões administrativas do DF no horário de aula e presenciaram turmas lotadas em ambientes fechados.
Segundo a entidade, as unidades descumprem a Portaria nº 3.233, do Ministério da Justiça, que determina a permanência de 45 alunos ou mais por sala de aula.
Hospitais
As equipes do Sindesv também visitaram hospitais públicos para avaliar se os vigilantes receberam máscaras e álcool em gel, conforme solicitado pela entidade, na semana passada, em ofício encaminhado às empresas que prestam serviços à Secretaria de Saúde do DF.
“Constatamos que em alguns hospitais os vigilantes estão usando máscaras e em outros não. Vamos tomar providências imediatas para resolver essa situação. Também visitaremos os hospitais particulares que tiverem vigilantes para pedir equipamentos de proteção individual”, ressaltou Gilmar Rodrigues, diretor do sindicato.