Coronavírus: lotadas, escolas de vigilantes do DF ignoram decreto
Uma comissão do sindicato que representa a categoria flagrou estabelecimentos com aulas, inclusive de defesa pessoal
atualizado
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Conhecidas pelo treinamento baseado no contato físico entre alunos, as academias e escolas de formação e aperfeiçoamento de vigilância e segurança privada serão alvo de fiscalização feita pela secretaria DF Legal. Apesar do avanço do novo coronavírus no Distrito Federal, que já contabiliza 19 pessoas contaminadas e outras 154 sob monitoramento, várias instituições permanecem funcionando.
Nesta segunda-feira (16/03), uma comissão do Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF) flagrou estabelecimentos com aulas, inclusive de defesa pessoal.
Os diretores do sindicato percorreram várias regiões administrativas do DF no horário de aula e presenciaram turmas lotadas em ambientes fechados. Segundo a entidade, as unidades descumprem a Portaria nº 3.233, do Ministério da Justiça, que determina a permanência de 45 alunos ou mais por sala de aula. “Temos conhecimento de que tem academia com mais de 100 alunos por turma. O sindicato vai tomar providências nesse sentido, por considerar a situação inadmissível”, afirmou o diretor de comunicação da entidade, Gilmar Rodrigues.
Gilmar esclareceu que, das nove academias credenciadas, apenas duas estavam fechadas e outras sete permaneciam abertas em flagrante desrespeito ao decreto. “Diante disso, o Sindicato está elaborando ofício pedindo providências ao GDF e esclarecimentos à Polícia Federal”, disse. O Metrópoles apurou que a PF vai deixar à cargo do DF Legal a fiscalização.
A pasta informou estar preparando um cronograma de operações, com o objetivo de reforçar a fiscalização de todas as atividades que estão suspensas pelo Decreto nº 40.520/20, inclusive as academias de formação de vigilantes, que se enquadram como atividades de formação ou escola.
Hospitais
As equipes do Sindesv também visitaram hospitais públicos para avaliar se os vigilantes receberam máscaras e álcool em gel, conforme solicitado pela entidade, na semana passada, em ofício encaminhado às empresas que prestam serviços à Secretaria de Saúde do DF.
” Constatamos que em alguns hospitais os vigilantes estão usando máscaras e em outros não, e vamos tomar providências imediatas para resolver essa situação. Também visitaremos os hospitais particulares que tiverem vigilantes para pedir equipamentos de proteção individual”, ressaltou Gilmar Rodrigues