Coronavírus: Lacen funciona 24h e analisa 350 exames por dia
Laboratório recebe apoio da UnB e não há mais testes esperando resultados no DF. Cerca de 300 mil kits de testes rápidos chegam esta semana
atualizado
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O secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, e a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura, fizeram uma visita técnica ao Laboratório Central (Lacen), responsável pela realização dos exames de detecção do coronavírus, na manhã desta terça-feira (07/04).
A parceria entre o GDF e a UnB possibilitou a ampliação do horário de funcionamento do laboratório. Segundo o secretário, hoje, não há nenhum teste à espera de resultado no Distrito Federal. “Todas as amostras estão com os resultados prontos”, garantiu Francisco Araújo.
De acordo com os responsáveis pelo local, o Lacen analisa uma média de 350 exames por dia. E há condições estruturais de chegar a mil a cada 24 horas.
Veja fotos do local:
“O Lacen, depois que passou a funcionar 24 horas, deu sobrevida e oxigenação muito forte nos resultados dos exames para a comunidade brasiliense”, acrescentou.
Nesta semana, mais de 300 mil testes rápidos estarão disponíveis para dar mais celeridade ao processo. “Formalizamos o processo e já no fim de semana ou no início da próxima semana estaremos testando mais pessoas no DF”, garantiu Araújo. Um exame de resultado rápida leva cerca de 30 minutos para ficar pronto.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou, em entrevista à coluna Grande Angular, do Metrópoles, que pretende fazer exames em massa na cidade.
“Os testes atualmente realizados por biologia molecular também são realizados a partir da entrada da amostra e são processados no mesmo dia. Então, não teremos um tempo de realização de exames superior à 24 horas”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage.
Confira vídeo da visita:
Críticas
Francisco Araújo também falou sobre as declarações feitas pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira. Ele afirmou que percebeu maior movimentação nas ruas do Distrito Federal nos últimos dias. E colocou a capital em uma faixa de “emergência”, com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas.
A capital federal tem a maior taxa de incidência do país, com 15,5 casos a cada 100 mil habitantes. São Paulo, que é o local com mais casos, tem incidência de 10,5 para cada grupo de 100 mil. A média nacional é de 5,7.
Araújo disse que o governo federal precisa ajudar mais as unidades federativas. “O país está em meio a uma pandemia e os estados precisam de apoio. Até este momento, foi liberado R$ 15 milhões, e isso é muito pouco perante a tudo o que estamos fazendo para proteger o cidadão brasiliense.”
Araújo aproveitou para falar sobre o combate à Covid-19 e a quarentena. “Defendemos o isolamento social e que as pessoas devam permanecer em casa. Isso do ponto de vista prático dá um resultado. Se não fosse o governador Ibaneis para agir na frente e tomar essas medidas, não sei como estaríamos hoje”, opinou o secretário.
Ritmo de trabalho
O diretor do Lacen, Jorge Chamon, disse que, atualmente, em torno de 60 profissionais atuam no laboratório diariamente. “São 60 pessoas envolvidas trabalhando 24 horas para a Covid-19. Temos o pessoal que realiza os testes e o apoio logístico para receber as amostras”, disse Chamon.
Até o momento, o Lacen já realizou mais de 4 mil reações de biologia molecular para diagnóstico de coronavírus.
“Até agora, para Covid-19, fizemos cerca de 2,5 mil reações. Antes da gente começar a fazer para a doença, conduzíamos a triagem usando o painel viral. Também foram feitas de cerca de 2 mil pacientes.”