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Coronavírus: Iges comprará 600 mil máscaras para hospitais e UPAs

Responsável pelo Hospital de Base e por unidades de pronto atendimento, instituto quer se antecipar antes que haja desabastecimento no país

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
máscara descartável
1 de 1 máscara descartável - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com o crescente alerta sobre a possível epidemia de coronavírus no Brasil, sobretudo no Distrito Federal, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) determinou a aquisição de pelo menos 600 mil máscaras especiais para reduzir a transmissão da doença entre pacientes e profissionais.

O pedido integra lista com outros produtos – como seringas, algodão e agulhas para aplicação de medicamentos – que podem auxiliar no combate à proliferação e no tratamento da nova epidemia mundial, caso o vírus chegue a Brasília e às regiões administrativas.

Responsável pela gestão do Hospital de Base, do Hospital Regional de Santa Maria e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) distritais em funcionamento, o instituto quer se antecipar na compra do material. Hoje, o mercado global sinaliza problemas na distribuição principalmente das máscaras, uma vez que a China, grande exportador do item, passou a estocar o produto por ser o epicentro da epidemia mundial da doença.

“Os materiais solicitados são utilizados por diversos setores, para os demais procedimentos, como punção de pacientes, administração de medicamentos e realização de exames, tendo grande rotatividade. Em meio a um surto mundial de coronavírus e com a confirmação de caso no Brasil, o consumo de máscara cirúrgica tem aumentado consideravelmente, apresentando também risco do desabastecimento do produto no mercado, visto ser um meio de proteção contra o vírus”, justifica o pedido interno ao qual o Metrópoles teve acesso.

A compra já está em andamento e encontra-se na fase de cotação de preço, por isso não há estimativa de gastos com os itens. A escolha será pelo menor valor do mercado.

“Com essa compra, o Iges-DF está reforçando o estoque para o caso de uma necessidade maior de utilização de máscaras, levando em conta o surgimento do primeiro caso do novo coronavírus, em São Paulo. No momento, está ocorrendo bloqueio de importações, e o Brasil passou a exportar sua produção para a China”, frisou a entidade ao ser procurada pela coluna.

Serviço Social

Por se tratar de um serviço social autônomo (SSA), ou seja, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública, o Iges-DF tem mecanismos menos burocráticos para aquisição de produtos emergenciais, por exemplo. O instituto também possui regulamento próprio para a contratação de pessoal, caso seja necessário.

Nesta semana, o Metrópoles noticiou que, desde a confirmação dos primeiros casos de coronavírus fora da China, a procura pelas máscaras e também álcool em gel aumentou consideravelmente nas farmácias comerciais do Distrito Federal.

Após o Brasil ter o primeiro caso confirmado, as drogarias distritais começam a sentir ainda mais o impacto do temor dos brasilienses. Na Rua das Farmácias, na 302 Sul, nenhuma loja tinha máscaras de proteção na quarta-feira (26/02/2020). O mesmo aconteceu com o álcool em gel: somente um dos comércios pesquisados ainda contava com o produto nas prateleiras.

Vendidas no varejo ou atacado, as unidades das máscaras custam entre R$ 1,50 e R$ 29,90, a depender do modelo. Enquanto isso, as caixas dos aparatos de proteção chegam a custar R$ 75.

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