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Coronavírus: filha médica se enrola em plástico para abraçar a mãe no DF

As duas se abraçaram protegidas após cerca de 60 dias sem contato físico para evitar o risco de contaminação da Covid-19

atualizado

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Arquivo pessoal
Cilene-e-Gabriela
1 de 1 Cilene-e-Gabriela - Foto: Arquivo pessoal

Com a pandemia do novo coronavírus, o que não falta, neste momento, são ideias criativas para tentar suprir a carência afetiva provocada pelo isolamento social.

Em Sobradinho, no Distrito Federal, a mãe da médica Gabriela Verzola, 24 anos, a professora Cilene Verzola, 46, encontrou uma solução para dar um forte abraço e conseguir um contato mais próximo com a jovem. Desde o início da quarentena elas não tinham contato físico.

Cilene teve a ideia de colocar a embalagem de plástico de um colchão que havia comprado recentemente, no corpo da filha, para conseguir abraçá-la.

Assista ao vídeo:

As duas estavam afastadas havia mais de 60 dias, porque Gabriela é médica residente intensivista e está atuando na linha de frente do tratamento de pacientes com a Covid-19 no Hospital Regional de Planaltina (HRP).

Elas estavam sem contato físico para evitar qualquer risco de contaminação da doença. Após abraçar a mãe, foi a vez do irmão de Gabriela.

“Esterilizamos a embalagem com o álcool 70% e vestimos a Gabi. Foi muito emocionante. O abraço aconteceu no sábado (23/05) e eu estou chorando desde então. A nossa maior intenção é deixar essa mensagem de amor e esperança. Tudo isso vai passar. Como mãe, eu me preocupo com ela. Tenho medo, mas estamos confiantes. Enquanto não passar a pandemia, somos obrigados a conviver com ela assim”, relatou Cilene.

Veja o depoimento de Gabi:

5 imagens
A médica Gabriela Verzola se vestiu com o plástico de um colchão
Mãe e filha se abraçam protegidas
Gabi com a família
Ela se formou na faculdade pública do DF, a ESCS
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O contato entre Cilene e Gabriela

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A médica Gabriela Verzola se vestiu com o plástico de um colchão

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Mãe e filha se abraçam protegidas

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Gabi com a família

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Ela se formou na faculdade pública do DF, a ESCS

Em casa, a mãe também conta que a família está seguindo regras de higienização e só mantém contato com a médica por videochamada e WhatsApp.

“Ela trabalha em UTI e não podemos dar bobeira em casa. A rotina da Gabi tem sido desgastante. Quando ela chega, já deixa o sapato dentro do carro. Lavamos a roupa dela separada das nossas e deixamos a comida na porta dela. Também estamos usando louças diferentes. Ligamos de vídeo e conversamos muito pelo WhatsApp. É muito complicado”, desabafou a mãe.

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