Coronavírus dificulta golpes nas ruas, diz criminoso preso no DF
Ele foi preso nesta sexta-feira (27/03) pela PCDF e lamentou o fato de a doença tirar as pessoas das ruas e fechar os bancos
atualizado
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Investigadores da 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia prenderam, nesta sexta-feira (27/03), um homem de 52 anos suspeito de parte de uma organização criminosa que praticava golpes de estelionato em todo Brasil.
O homem ficou 15 dias em Belo Horizonte em busca de vítimas. Entretanto, por conta do novo coronavírus, segundo ele, poucas pessoas estavam nas ruas. Assim, as tentativas de cometer o crime não tiveram sucesso.
Segundo informações da delegada Claudia Alcântara, a organização estava prestes a realizar um encontro para fazer um estudo sobre quais as regiões do Brasil estavam com bancos abertos. Com isso, o grupo iria aos estados mapeados e praticariam os golpes.
“Eles praticavam o golpe do paco, quando o criminoso engana a vítima oferecendo uma recompensa falsa por ter encontrado algo de valor”, explicou a investigadora.
A delegada ainda contou que o estelionatário reclamou de o fato da economia estar parada pelo coronavírus. Isso dificultava ainda mais a ação dos bandidos.
“Ele disse que a economia tinha que voltar a funcionar, porque, se não voltasse, não haveria como ele praticar os golpes”, completou.
O criminoso responde a cerca de 20 inquéritos policiais no Distrito Federal. Acabou preso em razão de dois mandados de prisão abertos contra ele.
“Rainha dos golpes”
Outra integrante do grupo já havia sido presa neste mês. A criminosa Graziele Virginia Lopes de Oliveira, 39 anos, mais conhecida como “Rainha dos golpes”, também realizava o golpe do paco.
Graziele e os comparsas costumavam atuar em regiões como Cruzeiro, Sudoeste e Plano Piloto. As vítimas preferidas eram sempre idosos que deixavam agências bancárias após fazerem saques.
Pelo menos 17 pessoas teriam sido lesadas pelo grupo nos últimos seis meses.