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Coronavírus: CLDF apura denúncia de falhas no atendimento do Hran

Comissão de Direitos Humanos da Casa vai investigar relato de que unidade não estava preparada para receber casos suspeitos da doença

atualizado

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A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Legislativa (CLDF) vai investigar denúncia de servidores do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) de que houve falta de planejamento e de infraestrutura da unidade para receber pacientes com sintomas do novo coronavírus (Covid-19).

A denúncia foi apresentada ao presidente da CDH, Fábio Felix (PSol), na segunda-feira (09/03), de forma anônima por uma servidora. De acordo com ela, por falta de planejamento, a Secretaria de Saúde precisou bloquear 10 leitos e transferir pelo menos sete pacientes que estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

As mudanças ocorreram em função da chegada de uma paciente de 52 anos que teve o teste positivo para coronavírus. Até o momento, é o único caso confirmado da doença na capital.

Na manhã de sábado (07/03), ela continuava sedada e em estado grave. Por esse motivo, precisou de um leito na UTI. Porém, o sétimo andar, isolado para receber os pacientes com suspeita de Covid-19, não possui estrutura para unidades de terapia intensiva.

Assim, durante a madrugada, sete pacientes que estavam na UTI do Hran foram transferidos para outras unidades de saúde, o que, na visão de uma profissional da unidade, poderá agravar o estado de saúdes deles.

A denúncia afirma ainda que a unidade de terapia intensiva do Hran não tem isolamento, por isso todos os pacientes tiveram que ser transferidos.

“Temos de pensar em estratégias. Vamos ouvir o secretário sobre o que está sendo feito. A Câmara precisa acompanhar o caso. Vamos fazer diligência no Hran”, afirmou Fábio Felix.

De acordo com informações do Ministério da Saúde atualizadas na tarde desta terça-feira (10/03), o Distrito Federal investiga 59 casos suspeitos de coronavírus e já descartou outros 24. Até agora, a capital federal lida com um caso confirmado: o da mulher de André Luís. Na segunda-feira, eram 41 suspeitas.

Outro lado

Procurada, a Secretaria de Saúde informou que, de acordo com o decreto de emergência publicado pelo GDF, já estavam previstos leitos exclusivos para pacientes graves com coronavírus.

A pasta esclarece que “não se trata de leitos bloqueados, mas reservados, uma vez que o Hospital Regional da Asa Norte é unidade de referência, credenciada e habilitada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para situações de saúde pública sanitária, como esse caso do coronavírus”.

O sétimo andar foi reservado para pacientes que precisam de internação, mas não para casos que necessitam de suporte de UTI. “A paciente em questão deu entrada pelo sétimo andar e foi transferida para UTI no mesmo dia da internação”, acrescentou.

Ainda segundo a secretaria, “os pacientes que estavam internados na UTI foram transferidos para leitos de unidade de terapia intensiva de outros hospitais ou já receberam alta para a enfermaria”.

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