Coronavírus avança em UPAs e hospitais públicos do DF: 286 contaminados
Ao todo, foram infectados 89 profissionais de unidades de pronto atendimento e 197 trabalhadores lotados em estruturas hospitalares
atualizado
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Cresce o número de profissionais da saúde pública do Distrito Federal contaminados com o novo coronavírus. Contando seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e seis hospitais, a doença atingiu 286 integrantes da linha de frente na luta contra a doença.
Até esta terça-feira (19/05), 89 funcionários em seis UPAs foram diagnosticados com Covid-19. As UPAs são geridas pelo Instituto de Gestão Estrategica de Saúde do DF (Iges-DF).
O Hospital Base e o Hospital de Santa Maria, também administrados pelo Iges, tiveram na sequência 47 e 32 funcionários contaminados, desde o começo da pandemia.
A doença avança entre os servidores da rede pública tradicional. Segundo a Secretaria de Saúde, nos hospitais regionais de Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT) e Samambaia (HRSam), foram contaminados 53, 42 e 22 funcionários, respectivamente.
Há registro de um profissional da Região Leste também infectado pela Covid-19. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela pasta, até segunda-feira (18/05), 462 profissionais de saúde da rede pública e particular tinham contraído o coronavírus.
As UPAs de Ceilândia, Sobradinho, São Sebastião, Samambaia, Núcleo Bandeirante e Recanto das Emas, tiveram, na ordem, três, cinco, 12, 58, sete e quatro trabalhadores afastados.
Raio-X
A maior parte dos funcionários das UPAs contaminados continua fora da frente de batalha. Ou seja, somente 14,6% estão recuperados. Até esta terça-feira, 13 estavam curados. No caso do Base, 22 voltaram ao trabalho. A unidade de Santa Maria registrou 25 trabalhadores curados.
Segundo a Secretaria de Saúde, ainda não há o mapeamento consolidado de quantos servidores da pasta foram contaminados. A secretaria está realizando testagem massiva no quadro de pessoal.
Desde o começo da pandemia servidores fazem denuncias de falta de insumos e equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e a OAB fiscalizam constantemente o trabalho da rede pública.
Outro lado
Segundo a Secretaria de Saúde, está em marcha um plano de ação, desde 9 de abril, para monitorar a saúde dos servidores. A pasta também nega a falta de EPIs.
Segundo o Iges, EPIs estão sendo distribuídos regularmente para os colaboradores e nunca houve desabastecimento. Cada funcionário deve trocar de máscara a cada duas horas. O instituto também está fazendo testagem no quadro de pessoal.
Para manter o atendimento na UPA de Samambaia, o Iges enviou 55 profissionais para suprir o quadro de atendimento, conforme o instituto informou à reportagem.