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Coronavírus: Arquidiocese pede a fiéis cuidados na hora da missa

Contatos durante a celebração, como o abraço da paz e as mãos dadas no Pai Nosso, devem ser evitados

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1 de 1 Coronavirus-Igreja-4 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O caso do novo coronavírus confirmado no Brasil afeta as mais diversas áreas, principalmente nas situações em que há aglomeração de pessoas e contato físico. É o caso das missas na Igreja Católica. No Distrito Federal, são 158 paróquias com cerimônias diárias e liturgias que incluem apertos de mão e abraços.

A Arquidiocese de Brasília, por meio da assessoria de comunicação, afirmou que, por enquanto, não divulgará nenhuma nota oficial. Porém, pede aos religiosos e fiéis – cerca de 1,4 milhão de pessoas em Brasília – que sigam as orientações do Ministério da Saúde e de outras ocasiões.

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Padre João Firmino, pároco da Catedral
Maria do Rosário Mendes, fiel
Na Catedral de Brasília, cartaz divulga cuidados de higiene
Wagner Frota, voluntário na igreja
Marília Nasser, fiel
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Na Catedral, visitantes recebem orientação sobre o coronavírus

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Padre João Firmino, pároco da Catedral

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Maria do Rosário Mendes, fiel

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Na Catedral de Brasília, cartaz divulga cuidados de higiene

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Wagner Frota, voluntário na igreja

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Marília Nasser, fiel

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Na opinião da Arquidiocese, o melhor é não propagar o medo

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Em 2009, por exemplo, a pandemia de influenza A (H1N1) fez com que o órgão religioso pedisse que os católicos, durante a missa, modificassem algumas práticas. Três momentos específicos chamam atenção: o abraço da paz, as mãos dadas durante o Pai Nosso e a comunhão, muitas vezes oferecida diretamente na boca da pessoa.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) postou em sua página essa preocupação. “As arquidiocese mineiras de Belo Horizonte, Uberaba e Juiz de Fora, e as nordestinas de João Pessoa e Rio Grande do Norte divulgaram comunicado aos padres e ministros que orientem os fiéis a receber a Eucaristia nas mãos e não diretamente na boca. Ao invés do abraço da paz, a orientação é buscar fortalecer o sincero sentimento de bem-querer em relação ao próximo. Na oração do Pai-Nosso, no lugar de unir as mãos, o cuidado é que seja cultivado com mais intensidade o compromisso com a fraterna comunhão”, diz o texto.

Cartazes

Até esta sexta-feira, havia seis casos de coronavírus em investigação no DF.

Na Catedral de Brasília, ponto turístico da capital que recebe toda semana cerca de 3 mil visitantes, cartazes chamam atenção para os cuidados que devem ser tomados durante e após as missas. Proteger o rosto ao espirrar ou tossir, preferir receber a comunhão na mão, lavar as mãos e usar álcool em gel são algumas das recomendações.

“A gente não quer suscitar no povo um medo ou desespero por causa da situação, mas sim fazer as pessoas lembrarem dos cuidados com a higiene. Agora, rezar de mãos dadas não é mais algo que a gente estimula, por exemplo”, explicou João Firmino, pároco da Catedral.

Nesta semana, os líderes da igreja começaram a pedir também que fiéis usem e levem álcool em gel quando forem participar de cerimônias no templo católico. “Pedimos isso para que eles possam participar e lembrar de usar em outros momentos, não só na igreja. Não queremos criar um medo, mas fazer com que tenham os devidos cuidados”, salientou o padre.

Nos dias de semana, mais de 350 pessoas assistem às missas na Catedral. Aos sábados e domingos, cerca de mil fiéis participam das celebrações religiosas.

“Depois que surgiram essas suspeitas de casos, começamos a ter esses cuidados. Pensamos agora em colocar álcool em gel na entrada, mas como temos muito fluxo de pessoas, ainda fica muito caro para nós. Mas já estamos conversando com os fiéis sobre isso, porque a preocupação é muito grande”, disse o voluntário na igreja Wagner Frota, 69.

Maria do Rosário Mendes, 60, frequenta a Catedral há 37 anos e considera que os cuidados são necessários para prevenir a contaminação pelo coronavírus. “A gente tem que se afastar um pouco, não abraçar, não dar a mão. Vamos até começar a trazer álcool em gel na bolsa”, afirmou. “[A possível epidemia de coronavírus] está sendo muito ruim para nós, principalmente para a gente que é mais de idade. É preocupante”, completou a fiel.

Hábitos

Fiel da Paróquia Santo Antônio, na 911 Sul, a aposentada Marília Nasser, 64 anos, relata que já tem o hábito de tomar cuidados com a higiene. Com possíveis casos de coronavírus no DF, ela tem ampliado as precauções.

“Qualquer vírus, até o de gripe, eu já fico em alerta. Se alguém espirra do meu lado, por exemplo, eu já saio de perto”, disse ela, que estava na missa desta sexta-feira, às 12h15.

A paroquiana, na verdade, vai à missa todos os dias. Apesar de serem poucos fiéis que frequentam as celebrações, ela considera que toda atenção é necessária durante este período.

“Somos poucos, mas esses cuidados básicos de higiene acho que são importantes de qualquer forma. Até pegar no dinheiro para entregar já pode levar a alguma coisa”, comentou. “Não é para criar pânico também, mas não custa nada prestar atenção em algumas coisas”, acrescentou a aposentada.

O Ministério da Saúde dá diretrizes de cuidados básicos para reduzir o perigo de contrair ou transmitir doenças respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Veja as principais:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os cinco momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

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