Coronavírus: alunos de escolas públicas do DF terão videoaulas
Segundo o GDF, suspensão das aulas deverá seguir até o fim de junho. Por isso, conteúdos serão transmitidos pela internet ou televisão
atualizado
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A Secretaria de Educação do Distrito Federal vai transmitir aulas por meio eletrônico para os estudantes das escolas públicas. Para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o governo do DF (GDF) fechou as portas dos colégios.
Conforme decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB), as aulas voltariam após 5 de abril. Entretanto, segundo o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, a suspensão será prorrogada. “A nossa expectativa é de que aulas não voltem antes de junho”, antecipou.
Para salvar o ano letivo dos estudantes, o GDF decidiu transmitir as aulas por vídeo. “Desde o primeiro dia do recesso, nossa equipe está reunida e elaborando projeto para oferecermos educação a distância”, pontuou.
De acordo com Ferraz, o programa pedagógico e os conteúdos se encontram prontos para transmissão. “Nós estamos desesperados em busca de uma solução rápida. Estamos correndo”, afirmou. O governo analisa quais serão as formas de transmissão e acesso.
Uma das possibilidades é a internet. Por aplicativo, professores poderão transmitir aulas, deveres e provas para os estudantes. Segundo pesquisa, 90% dos estudantes possuem celular smartphone ou equipamento para conexão.
Crianças carentes
“Mas nem todas as crianças tem acesso à internet ou equipamentos adequados”, ponderou Ferraz. Por isso, a Secretaria de Educação do DF também está avaliando a transmissão pela televisão.
“Provavelmente não vamos atingir 100% dos estudantes. Mas queremos atender pelo menos menos 90% das crianças. Já é um alento”, assinalou. “A gente quer salvar o máximo de conteúdo nesse período em que as crianças ficarem em casa”, ressaltou.
A pasta pode inclusive transmitir, simultaneamente, aulas na internet e pela TV. O GDF também avalia encaminhar material didático para casa de crianças carentes ou que possuem condições específicas.
Orçamento
Segundo secretário, o valor do investimento ainda não está definido. Caso a solução escolhida seja a internet, o GDF poderá fazer um chamamento público para a compra e oferta dos acessos. A pasta também não concluiu o orçamento da compra de espaços pela TV.
“O governador Ibaneis Rocha está à frente dessas ações. Determinando que façamos o máximo com rapidez. E se encontra diretamente envolvido na obtenção de recursos”, revelou. Ainda não há data para o começo das transmissões.
Diante da crise do coronavírus, Ferraz considera que o calendário escolar poderá adentrar em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. “Estamos fazendo o possível para que os alunos não percam o ano letivo. Queremos repor todo conteúdo perdido”, concluiu.
Alimentação
O GDF colocou a disposição dos alunos carentes o cartão Bolsa Alimentação. As famílias recebem o dinheiro pelo cartão Material Escolar. “Enquanto as aulas presenciais estiverem suspensas eles receberão esse apoio”, afiançou o secretário.
Inicialmente, o governo reservou R$ 7 milhões para as famílias. Até 20 de março, os responsáveis sacaram R$ 1,5 milhão.
De acordo com Ferraz, alguns estabelecimentos comerciais não aceitaram o cartão e fez um apelo: “Alguns mercados estão com dificuldade por que é cartão Material Escolar. Só que nesse caso, nós autorizamos a compra de alimentos para as crianças”.