Coronavírus: Adasa adia aumento da conta de água para outubro
Como a leitura dos hidrômetros está comprometida, durante a crise, cobrança será pela média dos 12 meses anteriores
atualizado
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Em função da crise do novo coronavírus, o aumento da conta de água no Distrito Federal previsto para 1º de junho de 2020 foi adiado para 1º de outubro. Durante a crise, a cobrança dos consumidores poderá ser pela média dos 12 meses anteriores.
Segundo resolução da Agência Reguladora de águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa), a Companhia de Saneamento Ambienta do DF (Caesb) deve adiar o reajuste tarifário anual. Caso a crise persista até outubro, o aumento será postergado novamente.
O documento foi publicado na edição do Diário Oficial do DF (DODF) desta sexta-feira (27/03). Como a leitura dos hidrômetros está comprometida em função do período de quarentena, a agência autorizou a cobrança pela média do consumo dos últimos 12 meses.
A resolução é assinada pelo presidente da Adasa, Paulo Salles. O aumento do desemprego e a depressão da economia durante o isolamento social respaldaram a decisão.
Calamidade Pública
“A Organização das Nações Unidas reconhece o acesso à água e o saneamento como um direito humano, a preços razoáveis para usos pessoais e domésticas; e que a gravidade da situação comporta medidas regulatórias urgentes para a mitigação dos efeitos econômicos decorrentes do Estado de Calamidade Pública”, argumentou Salles.
Por outro lado, a Caesb fica autorizada a cobrar a restituição dos impactos financeiros do adiamento, após o fim do período de emergência.
Para 2020, além do reajuste anual, a Adasa também tinha proposto um novo cálculo da tarifa de água. A ideia era que quem consome menos água pague menos e vice-versa.