Coronavírus: 17,81% dos pacientes mortos no DF eram obesos
Um rapaz de apenas 25 anos, morador de Águas Claras, perdeu a luta contra a Covid-19 nesta quinta. Ele tinha a condição médica
atualizado
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Dos 79 mortos por coronavírus no Distrito Federal, 13 eram obesos. Significa que 17,81% dos pacientes que perderam a batalha contra a doença tinham a comorbidade. Os números constam no boletim da Secretaria de Saúde do DF.
Dentre as seis pessoas mortas na capital do país somente nesta quinta-feira (21/05), está um jovem morador de Águas Claras, de apenas 25 anos. Ele deu entrada no Hospital Universitário de Brasília (HUB) no último dia 15, mas não resistiu após seis dias de internação. A única doença preexistente que consta no relatório médico é obesidade.
Na lista também aparece o falecimento de uma idosa de 69 anos. Ela residia em Samambaia e também era obesa.
De acordo com as informações do GDF, 5.542 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus na capital do país, sendo que 2.842 delas já se recuperaram.
No último boletim, divulgado no fim da tarde de quarta-feira (20/05), constavam 5.271 infectados pela Covid-19 no DF, o que indica aumento de 271 contaminados desde então.
Explicação da saúde
De acordo com cientistas, a relação entre Covid-19 e obesidade está nas células de gordura e no pulmão.
Pesquisadores da empresa de equipamentos médicos Wellcomet GmbH, na Alemanha, em parceria com a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, descobriram que as células adiposas em pessoas obesas com diabetes tipo 2 têm uma grande expressão da proteína ACE2, que é usada pelo coronavírus para invadir células e se reproduzir.
Por isso, a reserva de gordura se tornaria, basicamente, um depósito de vírus.
Entenda:
As células adiposas também aumentariam a produção de um tipo de célula chamada miofibroblasto, que é responsável por desencadear fibrose pulmonar. Na doença, o tecido do pulmão endurece, diminuindo a capacidade de funcionamento e a absorção de oxigênio.
Pacientes contaminados analisados pelo estudo apresentaram fibrose, e a conclusão foi a de que ela estava presente antes da infecção pelo coronavírus. Segundo a pesquisa, o risco de desenvolver fibrose pulmonar aumenta com o passar dos anos e é especialmente alto depois dos 65 anos.