Contrato de concessão do Centro de Convenções será assinado na segunda
Consórcio Capital DF poderá explorar o complexo cultural pelos próximos 25 anos e deverá investir R$ 63,6 milhões
atualizado
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Única interessada na Parceria Público-Privada (PPP) para a gestão do Centro de Convenções Ulysses Guimarães pelos próximos 25 anos, a empresa Capital DF assinará o contrato com o governo do Distrito Federal (GDF) nesta segunda-feira (6/8). O consórcio vencedor da licitação é formado por três empresas e terá de investir R$ 63,6 milhões no complexo cultural, além de uma parcela da receita a ser definida de acordo com a arrecadação.
Conforme nota divulgada pela secretaria de Esporte, Turismo e Lazer, o projeto tem o intuito de promover a reforma, modernização e operação para a realização de feiras, exposições e eventos em geral no Centro de Convenções. Após a assinatura da concessão, o Consórcio tem até 120 dias para apresentar os projetos de reforma e revitalização, estimados em R$ 12 milhões. As obras serão iniciadas após a aprovação dos órgãos responsáveis.
Todas as três empresas que compõem o consórcio são do ramo de entretenimento de Brasília: VGS Produções, ESB 116 Administração e Participações LTDA, e Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). O consultor do grupo, Marcos Cumagai, não acreditava ser possível ganhar a concorrência com o preço mínimo do edital.
“Esperávamos concorrência. Partimos de bases bem realistas, visto que é uma parceria de retorno a longo prazo e o centro necessita de toda atualização dos seus equipamentos”, admite. O consórcio acredita que conseguirá, com o Centro de Convenções, uma taxa de retorno de 10% a 12%.
Demora na definição
A licitação se arrasta desde 2016. À época, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) identificou uma série de irregularidades e determinou retificações até a pasta chegar ao modelo atual, feito em parceria com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops).
A Corte questionou o valor da anuidade e a quantia destinada a obras. Elas foram consideradas irrisórias, pois teriam sido diluídas ao longo de duas décadas de concessão. Os auditores verificaram que, em diversos itens, as cifras estimadas no edital estavam acima dos preços praticados pelo mercado.
Investimentos
Atualmente, a taxa de ocupação do Centro de Convenções em eventos privados é de 20%, número que deverá ser aumentado, com o novo concessionário, até 65%. Além disso, a exploração comercial – divulgação, aluguel e publicidade – tende a crescer.
Palco para ocasiões de médio e grande portes, o Centro de Convenções tem 54 mil metros quadrados de área construída. O espaço é dividido em três alas – Norte, Sul e Oeste –, cinco auditórios – um deles, o Master, com capacidade para 3 mil pessoas –, 13 salas moduláveis, áreas de apoio e locais para feiras e exposições.