Conselho da UnB debate formato do próximo semestre letivo
Colegiado volta a debater a resolução que permite atividades presenciais imprescindíveis
atualizado
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Nesta quinta-feira (19/11), por volta das 14h30, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília (UnB) realiza mais uma reunião de debate sobre o formato do próximo semestre letivo, previsto para iniciar em 1º de fevereiro de 2021.
Na conversa, na última quinta-feira (12/11), os conselheiros revisaram as emendas feitas à minuta de resolução sobre o assunto e tiraram dúvidas sobre a preparação da universidade para as próximas etapas do chamado Plano de Retomada.
De acordo com a minuta – apresentada ao Cepe há duas semanas e enviada às unidades acadêmicas há três – as atividades acadêmicas do próximo semestre (2º/2020) serão realizadas preferencialmente em modo não presencial, em consonância com a Etapa 2 do Plano de Retomada da UnB. A oferta de disciplinas presenciais indispensáveis deve ser analisada pelo colegiado de cada curso de graduação.
O vice-reitor, Enrique Huelva, explicou que a proposta de resolução considera recente documento elaborado pelo Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 da UnB (Coes) com uma leitura epidemiológica da atual situação da pandemia no DF e no Brasil.
“Com a redução do número de casos e mortes, é possível avançar para uma subfase intermediária da fase de recuperação. Isso corresponde às etapas 2 e 3 do Plano de Retomada aprovado por este Conselho”, disse.
Ele frisou que não há, na minuta, obrigatoriedade de volta às aulas presenciais. “Há, sim, possibilidade para que as unidades avaliem se podem retomar presencialmente algumas das disciplinas. Em muitos casos, são disciplinas para formandos, que estão no aguardo de fazê-las para poder concluir a graduação”, detalhou.
Das 3.538 disciplinas da Universidade, 385 foram canceladas na retomada do 1º semestre de 2020, no último dia 17 de agosto. Dessas 385, cerca 240 são práticas.
Docentes
A professora Flávia Narita, representante do Instituto de Artes, perguntou se, caso a minuta seja aprovada, os recitais de final de curso de música poderiam ser feitos presencialmente, sem público. O vice-reitor disse que essa era uma das situações nas quais as unidades poderiam deliberar.
“O que não puder ser feito de maneira remota, que ocorra presencialmente, mas com o cumprimento de todos os protocolos de segurança e com o menor número de pessoas possível”, declarou.
Para o professor Alexandre Romariz, representante da Faculdade de Tecnologia, a minuta atende às necessidades da instituição e pode ser colocada em prática sem que haja riscos à saúde da comunidade.
Coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães, André Doz afirmou a importância de levar o texto para debate junto ao Conselho de Entidades de Base (formado pelos centros acadêmicos).
“É importante considerar que há o avanço da segunda onda [de contaminações pela covid-19] na Europa, justamente porque houve a abertura de espaços como escolas e universidades”, afirmou. O vice-reitor lembrou que a ideia não é fazer retornar aos campi toda a comunidade da UnB, mas sim uma pequena parcela de pessoas que precisam realizar atividades presenciais imprescindíveis. “A nossa proposta é também fazer uma avaliação contínua dos cenários. Sempre podemos regredir para a etapa anterior do Plano de Retomada”, explicou.
O Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar), presidido por Huelva, vem trabalhando no preparo da Universidade para o avanço no Plano. (Com informações da Secom UnB)
