Conselheiro tutelar é acusado de bater e esganar jovem de 16 anos
As agressões teriam ocorrido por volta das 3h da madrugada, quando a vítima foi até a casa de Néliton Portuguez de Assunção
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Associação de Conselheiros Tutelares do DF, Néliton Portuguez de Assunção, está mais uma vez sob investigação na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele é suspeito de agredir e esganar uma adolescente de 16 anos em uma chácara no Riacho Fundo I, no último dia 3 de junho. Em setembro do ano passado, conforme revelado pelo Metrópoles, Néliton foi acusado de assédio sexual.
Na nova acusação, segundo apurado pela reportagem, o pai da vítima, que não terá o nome revelado para preservá-la, compareceu à 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) e narrou que a filha chegou em casa chorando e dizendo ter sido esganada pelo conselheiro. O irmão da adolescente, de 21 anos, também informou ter sido vítima da violência por parte do servidor.
As agressões teriam acontecido por volta das 3h da madrugada do referido dia, quando a garota foi até a casa de Néliton, com o intuito de terminar o relacionamento com o namorado, que estava na residência do conselheiro.
No local acontecia uma festa. Após uma breve discussão, uma confusão generalizada se formou entre a jovem de 16 anos, seu irmão, Néliton e o namorado da menina. De acordo com o descrito na ocorrência policial, neste momento ela conta ter sido agredida pelo conselheiro.
Segundo consta em boletim registrado, a jovem estava em frente ao portão, quando o conselheiro veio do interior do imóvel e, com as mãos, a esganou e a deixou sem forças para reagir.
Durante a confusão, que resultou em socos, chutes e pedradas. Ainda segundo a ocorrência policial, Néliton representou criminalmente contra o irmão da vítima de 16 anos. O caso foi registrado como vias de fato, agressão, ameaça e dano. A ocorrência segue sob investigação na 29ª Delegacia de Polícia, no Riacho Fundo.
Versão do conselheiro
Néliton, no entanto, nega que tenha feito qualquer coisa contra a adolescente. “O que ocorreu é que o irmão do namorado da minha filha veio até minha casa sem avisar a companheira dele. Parece que seguiram o carro dele e vieram parar aqui”, afirma.
Segundo o conselheiro, a namorada do rapaz estava acompanhado de outras pessoas que tentaram invadir a casa. “Eu estava já deitado e ouvi a gritaria do lado de fora. O rapaz foi até o portão e foi agredido, minha mulher tentou enviar que o pessoal entrasse e houve agressão mútua”, explica.
Néliton ainda sustenta que a reclamação do suposto esganamento ocorreu apenas dois dias após o fato. “Na hora, todos nós fomos para a delegacia e depois para o IML [Instituto de Medicina Legal]. Por qual motivo, naquele momento, já não falaram sobre essa suposta agressão? Eles só foram para o IML dois dias depois. Para mim, isso é coisa do pai tentando acobertar o que os filhos dele fizeram”, opina.