Conheça o primeiro professor indígena do curso de antropologia da UnB
Gersem, da etnia Baniwa, é o primeiro indígena do país a passar em um concurso público para professor no Brasil
atualizado
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A partir deste semestre a Universidade de Brasília (UnB) terá o indígena Gersem Baniwa como professor do quadro permanente do Departamento de Antropologia. Da etnia Baniwa, ele é o segundo docente indígena da UnB e o primeiro do Brasil em um departamento e programa de antropologia social.
Gersem é a primeira pessoa da etnia Baniwa a concluir os estudos e receber o título de doutor, pela própria universidade. Além disso, é o primeiro indígena com pós-graduação em antropologia social do país e o primeiro a passar em um concurso público para professor, dessa vez, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Conheça o primeiro docente da etnia Baniwa:
Gersem diz ser um testemunho vivo de importantes inovações e revoluções político-institucionais realizadas pela UnB nas últimas duas décadas.
“A UnB, o curso de antropologia e o Departamento de Antropologia de 2004, quando ingressei no mestrado, não são mais os mesmos hoje. A presença indígena nesses espaços era estranha, exceção, acaso”, relembrou. “Eu mesmo passei quase despercebido durante uma década de formação aqui, talvez como meu ingresso se deu antes das cotas, não havia razão para chamar a atenção da comunidade universitária como um todo”, completa Gersem.
“Hoje o tempo é outro, outro mundo, outras possibilidades e oportunidades. Essa importante presença indígena foi uma das principais motivações para a minha escolha pelo DAN/UnB para o exercício pedagógico de ensino-aprendizagem nesta fase da vida”, comemora.
O Departamento de Antropologia da UnB conta com quatro laboratórios que se dedicam ao estudo de povos originários. São eles: Linde – Laboratório de indigenismo e etnologia, Lageri – Laboratório e grupo de estudos em relações interétnicas, T/Terra – Laboratório de antropologias da T/terra e Matula – Sociabilidades, diferenças e desigualdades.
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