Conheça Max Maciel, o “aba reta” que promete levar a periferia à CLDF
Pedagogo e ativista é especialista em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça. Criado em Ceilândia, promete a periferia no centro
atualizado
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Max Maciel (Psol) passou de 8 mil votos na eleição de 2018 para 35 mil neste ano. Com o resultado, foi eleito o terceiro deputado distrital mais votado em 2022. Esse será o primeiro mandato de Max como político, mas ele reforçou na campanha que já vinha fazendo um trabalho mesmo sem cargo na Câmara Legislativa.
Filho de nordestinos, o agora político do PSol nasceu e cresceu em Ceilândia, maior e mais populosa cidade do DF. No currículo, tem curso de pedagogia e uma especialização em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também foi membro do Conselho Nacional da Juventude e ajudou na criação da Política Integral da Saúde dos Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde.
“São mais de 20 anos atuando em uma militância focada em políticas para a juventude”, comenta. Nas campanhas de 2018 e deste ano, Max Maciel trouxe a promessa de colocar a periferia no centro das discussões políticas. A partir de 2023, ele vai poder colocar em prática algumas das proposições.
“Tudo o que vemos no DF é concretizado pela força da periferia, que é o centro. Somos potência. O problema se impõe para nós, se coloca para nós, mas temos superação, criatividade e condições de transformar tudo. A gente tem como princípio básico democratizar o debate sobre orçamento. O povo precisa entender quanto temos e para onde vai esse dinheiro”, diz.
Max tem como propostas o passe livre estudantil, a descentralização da cultura, o fortalecimento do empreendedorismo local e a qualificação da saúde pública. Na campanha, ressaltou os problemas enfrentados pelos usuários do transporte público. “Não podemos permitir que tenha tanto dinheiro enviado para as empresas sem que a população tenha retorno.”
Ativista social, ele ainda pretende combater a fome com programas sociais e dialogar com os moradores do Distrito Federal para ouvir demandas. “Será um mandato de participação popular, que é de onde viemos. Com o diálogo sendo o meio para transformação”, ressalta.
O governador Ibaneis Rocha (MDB), reeleito em primeiro turno, comentou que espera uma convergência com os distritais eleitos, mesmo aqueles de esquerda, como Max, Fábio Felix (PSol) e Chico Vigilante (PT), os três mais votados para a Câmara Legislativa. Para Max Maciel, o mandato na Casa será de respeito com o voto que elegeu o governador.
“Se escolheram Ibaneis, é com ele que vamos dialogar. Mas seremos oposição, com Fábio Felix e outros companheiros. Uma oposição combativa e com responsabilidade. Vamos fiscalizar, acompanhar e exigir participação popular nas decisões”, conclui.