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Confusão por gato vira briga com injuria racial e agressão no DF

Confusão generalizada aconteceu nessa sexta-feira (10/3), em Sobradinho 2, no DF. Uma pessoa foi presa e outras três ficaram feridas

atualizado

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Um homem de 25 anos foi preso e três pessoas ficaram feridas após uma confusão generalizada na noite de sexta-feira (10/3), em Sobradinho 2, no Distrito Federal. Antes da briga – que começou com uma denúncia de maus-tratos a um gato – o detido teria chamado os vizinhos, que são negros, de “macacos” e atirado uma pedra contra eles.

Segundo o boletim de ocorrência, vizinhos acionaram a polícia por acreditarem que o suspeito estava “matando um animal”, que gritava. Às autoridades o homem declarou que, na verdade, estava ajudando o gato, que sofria uma convulsão. Os envolvidos, então, foram encaminhados à 35ª Delegacia de Polícia, onde prestaram depoimento e foram liberados.

De volta ao condomínio, os vizinhos estranharam-se novamente, outras pessoas se envolveram, e uma nova confusão se iniciou. Segundo os vizinhos, no meio da briga o homem fez comentários racistas, como “monkey” e “bando de negros filhos da p.”, e os ameaçou de morte. Ele também teria atirado uma pedra, atingindo o rosto de um deles.

À Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) o suspeito disse que não estava maltratando o gato. Ele afirmou que esclareceu a informação na delegacia, mas, ao chegar ao condomínio, foi xingado e cercado por três homens. Assim como as vítimas, ele também registrou queixa, mas foi detido e passará por audiência de custódia.

Defesa

João Delfino Bezerra Neto, preso após a confusão generalizada, contou que foi agredido pelos vizinhos com um pedaço de madeira. Além disso, tem recebido ameaças desde que a denunciante publicou fotos dele nas mídias sociais.

“Estou sofrendo muito desde a confusão. Pegaram um pedaço de madeira e bateram nas minhas costas. Minha mãe tentou me defender, e deram um soco no rosto dela. Publicaram minhas fotos nas redes sociais para me chamar de racista”, contou João ao Metrópoles.

O denunciado trabalha como motoboy e ajuda a mãe a cuidar de 20 gatos resgatados. Na sexta-feira (10/3), um dos bichos teria sofrido uma crise convulsiva e, na hora em que João tentou ajudar o animal, uma vizinha achou que o entregador tentava matar o felino.

João ficou dois dias preso no Departamento de Polícia Especializada (DPE). Lá, teria sofrido retaliações após o caso. “[Os presos] me chamavam de racistas, de Hitler e de preconceituoso. Fiquei proibido de dormir no colchão. Tive de dormir perto da privada. Foram os dois piores dias da minha vida”, relatou.

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