metropoles.com

Confusão e protesto contra Temer marcaram o 7 de setembro na Esplanada

Manifestação estava tranquila até por volta das 12h30. Informações preliminares mostram que o tumulto ocorreu na concentração em frente ao Itamaraty, envolvendo jornalista

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
manifestançaõ
1 de 1 manifestançaõ - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Cerca de 2.700 manifestantes, segundo a Polícia Militar, participaram do ato contra o governo de Michel Temer na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (7/9), do lado oposto ao desfile que marca o Dia da Independência. Até por volta das 12h30, o protesto transcorria normalmente e as pessoas já começavam a dispersar. Porém, uma confusão ocorreu e pelo menos duas pessoas foram detidas. A polícia usou spray de pimenta para conter os ânimos.

Segundo informações da PM, um cinegrafia do UOL teria sido agredido por manifestantes e encaminhado para o hospital. Já o agressor foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia (área central). Ele acusava os repórteres de contribuírem com o que chamou de “golpe”.

O agressor teria permanecido no local por alguns momentos e manifestantes próximos começaram a pedir a soltura dele. A confusão só terminou quando o homem foi colocado no camburão e levado à delegacia. No fim da tarde, ele assinou um termo de comparecimento à Justiça e foi liberado.

De acordo com a assessoria da Polícia Militar, as primeira informações dão conta de que pelo menos duas pessoas foram presas durante as manifestações contra o governo de Michel Temer. Ao fim do ato, foram calculadas 2.700 pessoas, segundo os dados oficiais e 6 mil para os organizadores. Já no desfile cívico, foram apontadas 30 mil pessoas.

Mais cedo
A concentração ocorre no Museu Nacional, e os participantes fizeram cartazes e começaram a gritar palavras de ordem por volta das 9h. A expectativa da organização é de que 5 mil pessoas participassem do ato. Após o desfile, os manifestantes seguiram em caminhada até o Congresso Nacional.

“É o início de um movimento que está apenas começando. Queremos constrangê-lo e conseguimos. Com medo de vaias, ele (Temer) desfilou em carro fechado. Aqui existem movimentos de esquerda que foram contrários a Dilma, mas que estão unidos contra esse governo, que quer tirar direitos da população”, afirmou Ademar Lourenço, um dos organizadores do protesto, que reúne sem-terra, movimentos LGBT, estudantes e partidos políticos de oposição.

A movimentação era tranquila no início da manhã. Um grupo estendia quatro faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as visíveis para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional. Mais tarde, outros movimentos também estenderam suas faixas de protesto. Ao todo, mais de 90 entidades se posicionam contra o governo Temer e questionam a legitimidade da tomada de poder, que classificam como golpe.

“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos – Juventude em Luta.

Militantes do PT estenderam uma faixa verde e amarela de 150 metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não vai ter golpe” de 2015 virou “Fora Temer”, escrito em vermelho. O protesto foi convocado pelas redes sociais, recebeu mais de 4 mil confirmações e 4,6 mil manifestaram interesse no ato pelo Facebook, em Brasília. Ações semelhantes foram convocadas em outras cidades do país. A manifestação “Fora Temer”, une-se, este ano, ao Grito dos Excluídos, protesto tradicional de 7 de Setembro, que reúne movimentos sociais em busca de visibilidade e melhores condições de vida.

“Neste ano, o nosso lema é ‘Fora Temer, nenhum direito a menos’. Vamos deixar claro que não sairemos das ruas”, diz Wilma dos Reis, uma das organizadoras do ato. Em frente a um cartaz do coletivo #Mulherespelademocracia, ela diz que os direitos das mulheres estão ameaçados por diversas medidas do atual governo. “É um governo de homens, héteros e brancos, onde a mulher é vista apenas como decorativa nos altos cargos.”

Uma equipe de filmagem do PT na Câmara está acompanhando a manifestação e coletando depoimento das pessoas pedindo a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-SP). Segundo o jornalista Rogério Tomaz, a ideia é estimular o engajamento da militância. “Não podemos deixar prevalecer a operação para salvar o mandato de Cunha.” (Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?