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Confira quem são os três presos que fugiram da Papuda

Entre os detentos, está um latrocida. Governador Ibaneis Rocha diz que a Segurança investiga a fuga e tenta recapturá-los nesta terça

atualizado

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1 de 1 Presos-da-Papuda-fogem1 - Foto: Reprodução

Os três presos que fugiram do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, foram identificados: Carlos Augusto Mota de Oliveira, que cumpre pena por latrocínio (roubo seguido de morte); Roberto Barbosa dos Santos, que responde por estelionato e formação de quadrilha; e André Cândido Aparecido da Silva, condenado por tráfico de drogas, receptação e desacato.

Conforme revelou o Metrópoles, os internos abriram um buraco na parede e conseguiram escapar do Bloco 1 da Ala A durante a madrugada desta terça-feira (28/01/2020). A informação foi confirmada à reportagem por fontes da Secretaria de Segurança Pública do DF.

A fuga é investigada pela 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) já determinou que policiais reforcem as buscas aos foragidos. Qualquer informação para ajudar as operações de captura dos foragidos pode ser passada por meio dos telefones (61) 3234-4486, 197 e 190.

“Estamos investigando e tentando capturá-los”, afirmou o governador Ibaneis Rocha (MDB) durante evento público nesta terça. O chefe do Executivo local disse ainda que aguarda mais informações da Secretaria de Pública sobre o caso.

A última fuga registrada no complexo ocorreu em 21 de fevereiro de 2016, quando 10 detentos da Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1) escaparam durante chamada nominal feita por agentes, ato conhecido “confere”. O local abriga presos que cumprem pena em regime fechado.

 

Tentativa frustrada
Em 26 fevereiro de 2016, houve outra tentativa de fuga no Centro de Detenção Provisória da Papuda. O incidente ocorreu três dias depois da troca de comando do sistema prisional do DF, por volta das 10h30, durante o banho de sol no CDP.

Os internos aproveitaram o momento para fazer uma ação chamada de “cavalo doido”, quando saem correndo em várias direções ao mesmo tempo para dificultar o controle dos agentes penitenciários.

A tentativa foi impedida porque o então recém-empossado do diretor da Sesipe, Anderson Espíndola, já estava ciente da intenção dos detentos. Ele havia sido informado pela inteligência do presídio de que estava sendo arquitetado um plano de fuga.

Forças do Diretoria Penitenciária de Operações Especiais foram designadas para agir. Relatório de inteligência da Sesipe sobre a situação mostrou que um grupo de presos que sofriam ameaças de morte tentava fugir. “Eles já começavam a ruptura dos obstáculos”, informou o documento.

Confira no áudio o que ocorreu à época:

Bonde
A confusão começou justamente na hora da chegada do “bonde”, transporte que traz os detentos da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), na entrada do Parque da Cidade, assim que são presos.

O “bonde” é feito todas as terças e sextas-feiras. Por semana, entre 250 e 300 presos chegam ao CDP.

O fato ocorreu menos de uma semana após a fuga de 10 detentos da Penitenciária da Papuda, no domingo (21/02/2016). Esse foi o estopim para uma crise na segurança pública brasiliense.

Superlotação
Segundo diagnóstico do sistema penitenciário do DF elaborado no final do ano passado pelo próprio Governo do DF, a superlotação é um dos problemas do CDP. A unidade tem cerca de 3,5 mil internos (quando a capacidade máxima é de 700), os quais ficam, em média, seis meses no local. Em cada uma das celas – com capacidade para quatro detentos –, há pelo menos 15 presos, sendo que em algumas o número chega a 49.

A estrutura física do centro também apresenta problemas. A construção, de 1978, é feita com materiais utilizados em obras normais, e não específicas para abrigar presidiários. O relatório diz que “os presos sabem que as estruturas do CDP são frágeis” e que foram registradas cinco tentativas de fuga no local.

A exemplo das outras unidades prisionais, o centro também enfrenta déficit de pessoal. O efetivo de servidores atualmente estaria na metade do necessário.

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