Confira cinco fatos sobre o novo ministro da Justiça, Anderson Torres
Torres chega para ser o chefe da pasta com as credenciais de quem tem total confiança do presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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O delegado de Polícia Federal Anderson Torres foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ser o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, e deixará o cargo de secretário de segurança do Distrito Federal. Torres chega para ser o chefe da pasta com as credenciais de quem tem total confiança do presidente e relacionamento próximo com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos).
Ao longo de sua carreira, o delegado sempre teve perfil mais de gestor do que operacional. O Metrópoles listou cinco fatos sobre o novo ministro, confira:
1. Gestão: Anderson Torres tem experiência em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica. Coordenou as principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005. Entre 2007 e 2008, coordenou toda a atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
2. Articulação: durante a passagem pela secretaria de Segurança, Anderson Torres trabalhou para intermediar, da melhor maneira possível, os conflitos entre a Polícia Civil (PCDF) e Polícia Militar (PMDF). Manteve dialogo com os chefes das corporações, realizou operações conjuntas e representou os servidores na busca pela vacina e do fortalecimento dos quadros com a realização de concurso público. Antes de integrar os quadros da PF, o agora ministro foi papiloscopista da PCDF.
3. Conectado: o novo ministro mantém atualizada uma página no Instagram, que coleciona mais de 17 mil seguidores. Ele também utiliza um perfil no Twitter, que conta com pouco mais de 3 mil seguidores. Nas web, ele costuma mostrar as ações feitas pelo governo, reproduzir entrevistas, mostrar o trabalho das forças de segurança e se pronunciar sobre assuntos variados. Nos últimos meses, Torres se aproximou mais da população, cumprindo agendas voltadas para segurança comunitária.
4. Especializado: Torres teve sob sua responsabilidade a administração da parte técnica e logística da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal e suas congêneres regionais entre 2008 e 2011. Participou também, até 2011, de investigações internacionais em conjunto com os adidos policiais de outros países, radicados no Brasil.
5. Alianças: alinhado à pauta de segurança pública do presidente Jair Bolsonaro, Torres sempre foi um nome forte no Executivo federal. Além do presidente, ele tem bom relacionamento com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Os dois chegaram a indicá-lo para gestão da Polícia Federal, em 2019. Torres também foi diretor de Assuntos Parlamentares e Institucionais da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ANDPF). Em 2017, a entidade reuniu meio milhão de assinaturas em favor da PEC 412/2009, que prevê maior autonomia para Polícia Federal.