Como será a investigação do acidente com helicóptero dos bombeiros? Entenda
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos começou imediatamente primeiros passos da apuração sobre a queda
atualizado
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A investigação sobre o acidente com um helicóptero de resgate do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que caiu na manhã dessa quinta-feira (30/7) na região de Vicente Pires, começou de imediato. Horas depois da queda da aeronave com cinco pessoas a bordo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), deu início à coleta de dados.
Equipe do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão regional do Cenipa, foi até o local, tirou fotos e retiraram partes da aeronave para análise. Além disso, os militares reuniram documentos e escutaram relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.
A apuração em andamento tem duplo objetivo: identificar as causas da queda, ocorrida na frente da Faculdade Mauá e próximo à Unidade Básica de Saúde 1, e prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.
Questionada pelo Metrópoles sobre como funcionaria o processo, a Aeronáutica respondeu que o primeiro passo foi a coleta de informações nessa quinta-feira. Agora, os dados apurados darão origem a um processo. Por fim, o Cenipa chegará à conclusão.
De acordo com o órgão, tudo ocorrerá com celeridade. “A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo Cenipa terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente”, afirmou, por meio de nota.
Após a perícia, a carcaça do helicóptero de resgate do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) foi encaminhada ao pátio do 25º Grupamento de Bombeiro Militar, em Águas Claras.
A queda
Na queda, a aeronave atingiu um carro que estava estacionado no local. Entretanto, não havia ninguém dentro do veículo. Segundo o coronel Carlos Barcelos, comandante operacional do Corpo de Bombeiros, o helicóptero resgate 2 estava a caminho de socorrer uma vítima de parada cardiorrespiratória e caiu enquanto pousava. Antes, a aeronave bateu no telhado de uma faculdade desativada.
Veja imagens do acidente:
Ohelicóptero tinha 12 anos de uso. Porém, o determinante para a aeronave seguir em operação não é a idade, mas sim a manutenção regular. “Você pode ter um avião da Segunda Guerra Mundial que ele pode estar perfeito. O que importa são as revisões”, exemplificou um piloto.
Em nota oficial divulgada nesta noite, o CBMDF reforçou que o helicóptero estava “com todas as revisões em dia, conforme determinam os órgãos de regulação.”
Cinco pessoas estavam na aeronave no momento do acidente. Os ocupantes eram o tenente-coronel Moisés Alves Barcelos (piloto), o major Vinicius Santos Silva, o 2° Sargento Agni de Souza Lacerda, o médico André Japiaçú e a enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Vanessa Rocha. Ninguém se feriu gravemente, mas todos os tripulantes foram encaminhados a hospitais para avaliação e liberados em seguida.