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“Como alugar casa sem documentos?”, diz moradora de prédio que desabou

Prazo para hospedagem dos moradores em hotel acabou hoje (14/1). Documentos e pertences continuam no prédio e não há previsão de recuperação

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Cristiane Nascimento, 43 anos, manicure em Águas Claras
1 de 1 Cristiane Nascimento, 43 anos, manicure em Águas Claras - Foto: Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Moradora do prédio de Taguatinga que desabou na quinta-feira da semana passada (6/1), Cristiane Nascimento conta que apesar de o Governo do Distrito Federal oferecer a ajuda do Auxílio Aluguel, ninguém mais os procurou para auxilia-los a conseguir acesso ao benefício. “Vieram aqui, pegaram nossos dados e sumiram. Eu estou largada, procurando sozinha uma casa pra morar,”, desabafa.

O prazo para os moradores que se hospedaram em hotéis da região – com diárias custeadas pelo dono do edifício desabado – acabou hoje às 12h. Eles agora terão que se hospedar em casas de parentes e amigos, ou então procurar outras formas de se abrigar.

“Ninguém consegue aluguel de um dia pro outro. Como alugar uma casa sem documentos? Eles desligam o telefone na cara da gente quando a gente fala que é do prédio em Taguatinga”, reclama Cristiane.

“Morreu a esperança da gente”, afirma moradora de prédio que desabou

Veja novas imagens da parte interior do prédio:

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Defesa Civil/Material cedido ao Metrópoles
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“Eu tô sem casa, só tenho o meu carro que está com tudo o que sobrou dos meus pertences. Nós somos cinco na minha família. Como vão dormir 5 pessoas dentro de um carro?”. “Eles [dono do prédio e família] estão lá dormindo na caminha deles em Águas Claras e a gente é que paga o pato”, conclui a mulher que não sabe onde passará a noite.

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Cristiane Nascimento, de 43 anos, manicure em Águas Claras, não sabe onde irá dormir após o fim do auxílio que estava recebendo no hotel. Ela tem cinco familiares e não tem onde dormir
Safira foi resgatada e será levada para casa de parentes de Osmar, morador do prédio
Dono de uma mecânica que funcionava ao lado do local esperava ser indenizado
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Adriana Alves junto dos quatro filhos procurou abrigo com auxílio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes)

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Cristiane Nascimento, de 43 anos, manicure em Águas Claras, não sabe onde irá dormir após o fim do auxílio que estava recebendo no hotel. Ela tem cinco familiares e não tem onde dormir

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
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Safira foi resgatada e será levada para casa de parentes de Osmar, morador do prédio

Rafaela Felicciano/ Metrópoles
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Dono de uma mecânica que funcionava ao lado do local esperava ser indenizado

O que diz a Defesa Civil

Segundo Thiago John, coordenador de gestão de riscos e desastres da Defesa Civil do DF, o órgão não tem nenhuma ligação com os acordos feitos entre moradores e o dono do edifício. Dessa forma, não há como a instituição manter os moradores no hotel.

“Desde o início a Defesa Civil vem ajudando os moradores. A Secretaria de Desenvolvimento Social está a postos pra poder encaminhar as famílias para um abrigo. O nosso trabalho é para que as famílias tenham autonomia e restabeleçam a vida”, afirma Thiago.

Sobre o Auxílio Aluguel, John explica que há a possibilidade de conseguir o benefício, mas que isso depende de cada morador e de cada situação.

Prédio será demolido

Na quinta-feira (13/1), a Defesa Civil afirmou que o prédio de Taguatinga que desabou deverá ser demolido por causa do comprometimento geral da estrutura.

Após reunião entre o órgão, o DF Legal, a Administração Regional de Taguatinga e a equipe técnica especializada contratada pelo proprietário do edifício, ficou estabelecido que, por questão de segurança, não será mais permitida a entrada no imóvel.

Ainda não há data para a derrubada completa do prédio.

A edificação localizada no Lote 20 da QSE 20 não tinha alvará de construção ou Habite-se; portanto, era irregular.

Confira a atual situação do edifício:

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Prédio será demolido
Por questão de segurança, não será mais permitida a entrada no imóvel
Ainda não há data para a demolição
Cerca de 100 moradores foram retirados às pressas do prédio pouco antes de a estrutura desabar
Prédio tinha cinco pavimentos e quatro andares
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Dono cercou o edifício com tapumes a pedido da Defesa Civil

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Prédio será demolido

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Por questão de segurança, não será mais permitida a entrada no imóvel

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Ainda não há data para a demolição

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Cerca de 100 moradores foram retirados às pressas do prédio pouco antes de a estrutura desabar

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Prédio tinha cinco pavimentos e quatro andares

Divulgação/CBMDF
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Os engenheiros responsáveis pelo monitoramento e uma equipe de topografia farão uma avaliação comparativa do edifício para verificar se houve novos deslizamentos

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O pedreiro Osmar Santos, 65 anos, voltou ao local nesta manhã com expectativa de recuperar os documentos

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Moradores desconfiavam de que o prédio desabaria

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Edifício está interditado desde quinta-feira (6/1)

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A Defesa Civil fará nova avaliação estrutural nesta terça-feira (11/1)

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A estrutura está comprometida

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Tijolos e resto da parede vieram ao chão

Reprodução/ Defesa Civil

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