Comissão nacional do PT discute situação de Rosilene Corrêa no dia 7
Câmara de Recursos do partido decidiu anular o nome da dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) neste sábado (2/4)
atualizado
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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, marcou para a próxima quinta-feira (7/4) uma reunião com membros da Comissão Executiva Nacional para discutir a candidatura da professora Rosilene Corrêa ao Governo do Distrito Federal (GDF). A decisão ocorreu neste sábado (2/4), mesmo dia em que a Câmara de Recursos do partido decidiu anular o nome da dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).
Segundo mensagem encaminhada a membros da legenda, a discussão deve ocorrer a partir das 18h. Em pauta está a situação do DF, onde um recurso foi apresentado pelo bloco Unidos pelo PT pedindo que a executiva nacional acompanhe de perto o processo eleitoral em Brasília, e também o calendário eleitoral geral.
Um dos fundadores do PT-DF, o deputado distrital Chico Vigilante espera que a decisão da câmara recursal do partido seja ignorada na comissão nacional. “Essa comissão recursal não existe estatutariamente e não tem poder extraordinário de tomar uma decisão e dizer que contra tal decisão não cabe recurso”, disse em nota.
Segundo ele, para que seja desautorizada a decisão de um diretório regional, a decisão nacional do PT precisaria se reunir e decidir. “O que não pode acontecer é de se terceirizar a decisão por meio de uma suposta comissão que, do ponto de vista estatutário e legal, não existe”.
Anulação de candidatura ocorreu neste sábado
O comando nacional do PT anulou, neste sábado, a decisão do diretório regional da sigla no Distrito Federal que definiu o nome de Rosilene Corrêa para disputar o GDF. A determinação foi da Câmara de Recursos do Diretório Nacional do partido.
De acordo com o órgão colegiado, a indicação de Rosilene foi realizada “em desacordo com as deliberações nacionais”. A nova determinação não impugna a candidatura da sindicalista, mas mantém reconhecidas as duas possibilidades: tanto o nome dela quanto o do ex-deputado federal Geraldo Magela na disputa interna pelo Palácio do Buriti.
Com isso, a câmara recursal acatou o pedido apresentado pelo secretário de Organização do PT-DF, Ricardo Vale, em nome do bloco Unidos pelo PT, e solicitou que a executiva nacional acompanhe de perto o processo eleitoral em Brasília.
“O recurso teve como objetivo proteger a decisão do PT Nacional, de que as táticas estaduais se submetem à tática nacional do partido. Portanto, não se pode atropelar o processo no DF. Ambos, Geraldo Magela e Rosilene Corrêa, têm suas pré-candidaturas reconhecidas, e a tempo teremos a definição oficial, devidamente aprovada pela direção nacional do PT”, explicou Vale, autor do pedido.
O que diz o PT-DF?
Procurado, o presidente regional da sigla, Jacy Afonso, disse que a decisão da câmara recursal foi “equivocada” e quem deveria tratar sobre o assunto seria a direção nacional petista.
“O diretório do PT já expressou a sua vontade e, entendo eu, o novo encontro do partido vai confirmar o nome da professora Rosilene”, ressaltou.
Também acionada, a professora Rosilene Corrêa reafirmou a disposição de manter o nome para a disputa interna rumo ao Palácio do Buriti.
“Não há divergência, mas também é fato que a maioria do PT no DF faz a opção pelo meu nome. Isso também não muda. A manifestação do diretório nacional, a partir da apresentação de um recurso, não muda essa realidade. Mas não tira de ninguém a possibilidade de continuar com o meu nome ou de apresentar qualquer nome até o momento do encontro do partido”, disse.