Comissão da CLDF cobra investigação de agressão a mulher trans no BRT
Agressão ocorreu na quinta-feira (14/9) no Terminal do BRT de Santa Maria. A mulher de 27 anos foi agredida por um motorista
atualizado
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A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pediu que os órgãos do GDF investiguem a agressão contra uma mulher transsexual no BRT. O caso ocorreu na quinta-feira (14/9) no Terminal do BRT de Santa Maria.
Na ocasião, a mulher, de 27 anos, foi agredida por um motorista 56. A vítima, identificada como Lara Miranda Sena, registrou ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que apura o caso como agressão e injúria preconceituosa.
A Comissão da CLDF, após tomar conhecimento do ocorrido, oficiou a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Transporte e Mobilidade e a própria PCDF.
O presidente da Comissão, o deputado Fábio Felix (Psol), afirma que, apesar do pedido de investigação e elucidação dos fatos, é preciso investir em prevenção. “Isso significa uma educação, uma formação de profissionais das diferentes áreas para que possa atender respeitando a diversidade de todos os públicos”, disse.
Veja o vídeo da agressão:
Relembre o caso
Ao Metrópoles a vítima relatou que o desentendimento com o motorista, identificado como Ademar do Nascimento Sá, começou na última quarta-feira (13/9), quando ela tentou embarcar com uma cadelinha de pequeno porte na coleira no ônibus que ele conduzia.
Segundo ela, o motorista impediu a entrada da jovem e proferiu diversas ofensas.
“Tentei informar a ele que existia uma lei distrital de transporte de animais domésticos e que eu poderia andar com a minha cadelinha, a Luna, naquele ônibus. Ele foi extremamente transfóbico e começou a me constranger na frente dos outros passageiros me chamando de rapaz e de cara”, contou Lara.
Mesmo depois de a jovem tentar corrigir o motorista ao informar que ela é uma mulher trans, as ofensas continuaram, e Lara filmou a discussão.
“Decidi registrar o caso na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) para cobrar a apuração”, acrescentou.