Começa o julgamento das acusadas de matar travesti Ághata Lios
A expectativa é de que o Tribunal do Júri estenda-se por dois dias. Vítima morreu assassinada a facadas, em janeiro de 2017, em Taguatinga
atualizado
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O Tribunal do Júri de Taguatinga começou a julgar, nesta terça-feira (16/11), as cinco pessoas acusadas do homicídio qualificado da travesti Ághata Lios (foto em destaque), 23 anos. O crime ocorreu em 26 de janeiro de 2017, no interior do Centro de Distribuição dos Correios, em Taguatinga. O motivo seria uma briga por pontos de prostituição.
A expectativa é de que o julgamento estenda-se por dois dias. No total, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) arrolou 10 testemunhas.
Carolina Andrade (registrada como Daniel Ferreira Gonçalves) foi denunciada por homicídio qualificado e roubo. Bruna Alencar (nome de nascimento Greyson Laudelino Pessoa) e Samira (Francisco Delton Lopes Castro) também respondem por homicídio.
Lohanny Castro (Deyvisson Pinto Castro), além da denúncia por homicídio, ainda teve acrescentado ao processo o crime de corrupção de menores. Por fim, Letícia Oliveira Santos é acusada de participação no crime ao emprestar a arma usada e de corrupção de menores.
Nesta terça, foram ouvidas cinco testemunhas e interrogadas as cinco rés. Na quarta-feira (17/11), a sessão será retomada com os debates entre acusação e defesa, com direito a réplica e tréplica.
Veja imagens da vítima:
Segundo a denúncia do MPDFT, quatro delas teriam desferido golpes de faca e facão na vítima, causando ferimentos que a levaram à morte. O órgão informou ainda que a motivação da morte foi caracterizaria por motivo torpe, cruel e com emprego de meios que dificultaram a defesa da vítima.
Letícia Oliveira Santos é a única entre as acusadas que responde em liberdade. As demais estão presas provisoriamente.
Julgamento
Inicialmente, o júri estava marcado para 17 de fevereiro de 2020, mas foi alterado para 23 de março após pedido da defesa para análise de provas. Em virtude da pandemia e das medidas de isolamento impostas à época, o julgamento acabou adiado e remarcado para esta terça-feira.
O acesso à audiência é restrito às partes do processo, ainda em virtude da pandemia, das medidas de segurança sanitárias e do distanciamento social decorrentes da Covid-19.