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Comboio do Cão e PCC forneciam drogas para alvos de megaoperação

Ação do MP e da PCDF cumpre 98 mandados nesta quinta. Quadrilha usava adolescentes para distribuir os entorpecentes

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1 de 1 Operacao-Domino - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

Cerca de 400 policiais civis e promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) percorrem as ruas do Distrito Federal e Entorno desde as primeiras horas desta quinta-feira (17/10/2019) em megaoperação contra o tráfico de drogas. São cumpridos 41 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão. A ação foi batizada de Efeito Dominó. Armas foram apreendidas.

As investigações apontam que a quadrilha usava adolescentes para distribuir substâncias ilícitas. As drogas eram fornecidas pela facção criminosa conhecida como Comboio do Cão (CDC) e do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em agosto, o grupo foi alvo de operação da Polícia Civil. O bando, que não está ligado a outras facções – como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC), é acusado de matar mais de 30 pessoas nos últimos anos.

Como demonstração de força, os criminosos promoviam bárbaras execuções em portas de cadeias e de fóruns do DF. As diligências policiais revelam que o grupo foi responsável, em 2016, pela morte de um homem alvejado por 30 disparos em frente ao fórum de Santa Maria. Alguns dias depois, o tio da vítima foi assassinado com 50 tiros.

Um dos suspeitos detidos na última ação da Polícia Civil, de agosto, continuou comandando o tráfico de dentro da cadeia. Nesta quinta, foram presos a mãe, o irmão, a sogra e a esposa dele. Além de um homem que trabalhava no Aeroporto de Brasília. Ele foi identificado como Flávio Gomes dos Santos.

As investigações sobre o grupo de traficantes tiveram início em março de 2019, quando dois suspeitos foram presos e tiveram os celulares apreendidos. A análise dos aparelhos demonstrou atividade de comércio de entorpecentes complexa e organizada, com fornecedores, atacadistas e varejistas, uma atuação em rede.

O inquérito foi instaurado na 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), mas as ações acabaram se expandindo para todas as unidades do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC), diretoria responsável por coordenar as delegacias que funcionam nas regiões administrativas.

Devido à grande quantidade de presos na força-tarefa, que é considerada uma das maiores já feitas pela PCDF, os criminosos serão levados para a 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires).

Os mandados foram cumpridos no Núcleo Bandeirante, na Candangolândia, no Areal, em Águas Claras, na Cidade Ocidental (GO), em Formosa (GO), no Recanto das Emas, na Vila Cauhy e no Riacho Fundo. Os policiais e promotores acharam um cofre com arma dentro. Eles apreenderam também drogas e prenderam mulheres durante a operação.

Imagens da operação:

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Megaoperação deflagrada pela PCDF e pelo MP cumpriu 98 mandados
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Cofre apreendido durante a megaoperação tinha arma dentro

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Megaoperação deflagrada pela PCDF e pelo MP cumpriu 98 mandados

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Facção criminosa

O Comboio do Cão surgiu no Recanto das Emas, mas expandiu a atuação para Santa Maria e Gama. Após operação da PCDF, o Ministério Público denunciou 49 integrantes da facção criminosa. Além de tráfico e homicídios, o grupo é acusado de rufianismo e roubos diversos. O bando agia, inclusive, dentro de presídios.

“Trata-se de organização criminosa em franco crescimento no Distrito Federal. A Operação Rosário (da PCDF) representa um duro golpe na sua capacidade de articulação. Espera-se que a prisão dos principais líderes e executores dê segurança às cidades de sua atuação e, especialmente, estimule as testemunhas dos crimes a comparecer perante a Justiça, colaborando para que os culpados sejam efetivamente punidos”, reforçam os promotores de Justiça da força-tarefa.

Operação Rosário

As duas primeiras fases da Operação Rosário ocorreram em maio e julho de 2019. Foram presos dois dos líderes da organização. Flávio Conceição Matias, o Doidinho, estava foragido da Justiça havia 11 anos e foi capturado na Cidade Ocidental (GO).

Gutemberg da Silva Borges, o Guga, foi detido em Imperatriz (MA) com o auxílio da Polícia Civil maranhense. A terceira fase foi deflagrada em 13 de agosto, quando foram cumpridos 46 mandados de prisão e apreendidos 19 veículos, cerca de 60 kg de maconha, três armas e R$ 20 mil.

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