Comandante da PMDF suspende seis policiais presos pelos atos de 8/1
Medida atende a pedido do Supremo Tribunal Federal. Os policiais foram presos a pedido da PGR em 18 de agosto
atualizado
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O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Adão Teixeira, suspendeu os seis policiais que foram presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Entre os oficiais detidos, consta Klepter Rosa, ex-comandante-geral da corporação.
A suspensão dos oficiais atende a um pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga os atos extremistas ocorridos em Brasília no 8 de Janeiro. A medida foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (30/8).
Na efetivação da medida, o atual chefe da PMDF enfatiza que se deve considerar o dia 18 de agosto como o primeiro da suspensão. A data é a mesma da prisão dos oficiais a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os suspensos são:
- coronel Fábio Augusto Vieira: comandante-geral da PMDF em 8 de janeiro de 2023;
- coronel Klepter Rosa Gonçalves: subcomandante da PMDF na mesma data e nomeado para o cargo de comandante-geral em 15 de fevereiro seguinte;
- coronel Jorge Eduardo Naime Barreto: comandante do Departamento de Operações da PMDF em 8/1, mas havia entrado de licença em 3 de janeiro;
- coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues: chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro de 2023;
- major Flávio Silvestre de Alencar: atuou em 8 de janeiro de 2023; e
- tenente Rafael Pereira Martins: atuou em 8/1.
Relembre as prisões
Em 18 de agosto, a Polícia Federal (PF) desencadeou uma operação contra oficiais da PMDF que faziam parte da cúpula da corporação no dia dos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.
Os mandados cumpridos pela PF e pela PGR foram determinados pelo relator do Inquérito nº 4.923 no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes.
A PGR denunciou esses e outros investigados ao STF por crimes omissivos impróprios, em virtude de não terem agido como deveriam enquanto representantes do Estado.
O coronel Jorge Eduardo Naime e o major Flávio Silvestre de Alencar já estavam presos. A PGR pediu a manutenção da prisão.