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Com tornozeleira, preso da Falso Negativo é baleado em assalto no DF

Ramon Azevedo ouviu gritos da namorada, que estava sendo roubada, e reagiu. Um criminoso abriu fogo e atingiu o ex-assessor no quadril

atualizado

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1 de 1 homem no celular - Foto: Reprodução

Preso no âmbito da Operação Falso Negativo, que apura irregularidades na aquisição de testes para detecção da Covid-19, o ex-assessor especial da Secretaria de Saúde Ramon Santana Lopes Azevedo (foto em destaque) foi baleado durante tentativa de latrocínio ocorrida na tarde dessa terça-feira (27/4), em Samambaia. Ramon ficou preso por três meses no Complexo Penitenciário da Papuda e, desde novembro do ano passado, cumpre medidas cautelares.

Uma dupla de ladrões rendeu a namorada de Ramon, Luana Fonseca da Costa, que estacionava seu veículo na QR 211. Os criminosos tinham a intenção de roubar o veículo, um VW Golf. A vítima gritou por socorro e chamou a atenção de Ramon, que estava dentro da residência.

Quando chegou ao local, o ex-assessor tentou defender a namorada e evitar o roubo. Ele chegou a dar um soco em um dos criminosos. Em seguida, o outro suspeito sacou uma arma e abriu fogo. O disparo atingiu o quadril de Ramon, que caiu sangrando. Assustados, os bandidos fugiram sem levar o veículo.

A namorada do ex-assessor o colocou dentro do carro e seguiu para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde ele foi atendido. Apesar do tiro à queima-roupa, o Metrópoles apurou que Ramon Azevedo entrou na emergência da unidade de saúde andando, com tornozeleira eletrônica. Ele não corre risco de morte.

Os bandidos são procurados pela polícia.

Participação no esquema 

O ex-assessor é investigado na Operação Falso Negativo, que denunciou irregularidades na aquisição de insumos para o combate à Covid-19. De acordo com os autos, “quando o grupo criminoso tinha questões mais delicadas a tratar, cabia a Ramon convocar os integrantes para reuniões pessoais com o então secretário de Saúde, Francisco Araújo, que, conforme deixam claro, não poderiam ser discutidas por telefone”.

Os investigadores também apontaram que Ramon tinha a função de corrigir os erros e “limpar os rastros cometidos pela organização criminosa”.

A operação

Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), a Operação Falso Negativo denunciou irregularidades na aquisição de testes para detecção da Covid-19. Em razão da investigação, foram presos o secretário de Saúde à época, Francisco Araújo Filho, e outros gestores da pasta.

A primeira fase foi deflagrada em julho de 2020. Um mês depois, seis integrantes da cúpula da Saúde do DF, incluindo o chefe da pasta, Francisco Araújo, foram detidos. Em seguida, o GDF os afastou dos seus respectivos cargos.

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