Com taxa de isolamento em 39%, Ceilândia dispara no número de mortes
Maior cidade do Distrito Federal ocupa o triste posto de localidade que mais registrou óbitos provocados pela doença. Já são 11 no total
atualizado
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Com taxa de isolamento em apenas 39%, Ceilândia disparou no número de mortes por coronavírus: 11. Só nesta sexta-feira (15/05), a maior e mais populosa cidade do Distrito Federal contabilizou três óbitos. De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde, a região administrativa tem mais do que o dobro de falecimentos em relação às segundas colocadas, Águas Claras e Guará, que têm cinco cada uma.
A RA também saltou para a terceira posição no número de casos confirmados em decorrência da Covid-19. São 243 contaminados. Com isso, Ceilândia só fica atrás do Plano Piloto (416) e Águas Claras (257).
Ceilândia concentra 20% de todas as mortes do DF – 54 no total. A mais recente vítima é um idoso de 84 anos que estava internado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) desde domingo (10/05). Ele morreu nessa quinta (14/05).
A segunda vítima é uma moradora da cidade que estava internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) desde 2 de maio. De acordo com a Saúde, a paciente tinha imunossupressão, que é considerada comorbidade.
O 53º paciente fatal do novo coronavírus deu entrada no Hospital Universitário de Brasília (HUB) no último dia 12 e faleceu nessa quinta (14/05), na mesma unidade. Ele era cardiopata.
Baixo isolamento social
A maior cidade do DF está entre as regiões da capital do país com uma das menores taxas de adesão à política de isolamento social.
Em Ceilândia, cenas de moradores aglomerados nas ruas descumprindo o distanciamento social de 1,5 metro e a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção tornaram-se comuns mesmo diante da explosão de casos.
Entre 1 de abril e 12 de maio, Ceilândia viu a taxa de isolamento social despencar de 48% para 39% de adesão. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que 70% da população fique reclusa em casa durante a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com especialistas, o aumento na quantidade de casos está diretamente ligado ao desrespeito dos moradores com o cumprimento das medidas de prevenção.