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Com Saúde à beira do colapso, ato pede fim do lockdown no DF

Com aglomeração em frente ao Palácio do Buriti, manifestantes reclamam do fechamento de diversas atividades no Distrito Federal

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Manifestação contra o lockdown na frente do Palácio do Buriti
1 de 1 Manifestação contra o lockdown na frente do Palácio do Buriti - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Empresários reuniram-se em frente ao Palácio do Buriti, na manhã desta segunda-feira (1º/3), para protestar contra o fechamento de estabelecimentos comerciais por causa da pandemia da Covid-19. Houve aglomeração e pessoas usando máscaras de forma errada.

A manifestação começou por volta das 9h e contou com dezenas de participantes. Com cartazes com dizeres como “Luto pelo comércio”, o público pedia o fim do lockdown no Distrito Federal. Motoristas de transporte escolar também estiveram no ato, protestando contra o fechamento dos colégios.

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Clayton Carlos, 43 anos, é presidente da Associação dos Transportadores Escolares Autônomos e Independentes de Brasília. Ele trabalha há 18 anos com transporte escolar e tem sofrido com a crise causada pela pandemia. “Antes, a gente transportava, nos dois turnos, 40 alunos por dia. Agora, são cerca de 12”, lamentou.

Além da insatisfação com o decreto do lockdown, Clayton, que foi um dos organizadores da manifestação, diz que o grupo cobra a compra de vacinas pelo GDF.

“No nosso entendimento, a forma como o governador tem gerido a crise de Covid é omissa, principalmente com a nossa categoria. Ficamos um ano parados, e tivemos de lutar para conseguir três parcelas de auxílio de R$ 1,2 mil e, depois, três de R$ 600, o que não dá para manter a família”, comentou.

Por volta das 10h, manifestantes bolsonaristas chegaram a discutir com policiais e outros participantes do ato, na tentativa de entrar no Palácio do Buriti e participar de um debate com o governador Ibaneis Rocha (MDB).

Momentos depois, presidentes de associações de comerciantes, motoristas de transporte escolar e empresários conseguiram se reunir com representantes do governo, no Buriti.

Segundo Jael Silva, presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), o grupo vai discutir, na reunião, sobre o lockdown e a compra de vacinas pelo GDF. “Queremos que o governador providencie, o mais rápido possível, os leitos de UTI, além da questão das vacinas, para que a gente possa reabrir”, disse.

Por volta das 12h, os manifestantes caminharam pelas vias ao redor do Palácio do Buriti, cantando o Hino Nacional e gritando: “Queremos trabalhar”.

UTIs

A decisão do governador Ibaneis de decretar novo lockdown fundamenta-se no aumento de casos da Covid-19 no DF e no consequente colapso da Saúde. Segundo dados oficiais anunciados nesta segunda-feira (1º/3) pelo GDF, 90% dos leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) estão ocupados nos hospitais públicos. Nas instituições particulares, a ocupação é de 88%. E, neste momento, há 81 pacientes aguardando por uma vaga.

Percentualmente, há ainda uma margem disponível para internações. Mas, como existem muitos pacientes em espera, a ocupação será praticamente imediata, o que incorrerá em falta de disponibilidade para novos doentes, pelo menos neste momento.

O lockdown deve durar, pelo menos, 15 dias.

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