Com roupas da Via Sacra, atores farão carreata no Morro da Capelinha
Em função da pandemia da Covid-19, um dos maiores eventos religiosos do país não poderá ser realizado em Planaltina
atualizado
Compartilhar notícia
Fiéis do Distrito Federal, pelo segundo ano consecutivo, não poderão assistir ao espetáculo da Via Sacra de Planaltina, no Morro da Capelinha. A pandemia de coronavírus adiou, mais uma vez, os planos para o tradicional evento de Páscoa – que atrai, anualmente, milhares de fiéis. Na última, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram a encenação, que já teve 46 edições.
Conforme explica Leonardo Magalhães, atual coordenador do grupo Via Sacra de Planaltina, as próximas celebrações também dependem da situação do país.
“Estamos vivendo um momento diferente. Tudo depende de como vai ficar a pandemia. O grupo está aguardando tudo isso passar para eleger uma nova diretoria”, detalha. “O que a gente vê como comunidade é a tristeza pelo momento.”
Ainda de acordo com ele, o grupo, que depende de emendas parlamentares, está há dois anos sem nenhuma verba.
A Via Sacra anunciou, por meio do Facebook, a realização de uma carreata nesta sexta-feira (2/4). A concentração começará às 15h no Ginásio de Funções Múltiplas em Planaltina, passará pela Paróquia Divino Espírito Santo e encerrará no Morro da Capelinha.
“Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em atos.”
Coríntios 4, 20
O Grupo Via Sacra ao Vivo de Planaltina…Publicado por Grupo Via Sacra ao Vivo de Planaltina – DF em Quarta-feira, 31 de março de 2021
“Pedimos que os membros do grupo vistam seus figurinos e enfeitem seus carros com balões e fitas roxas. É muito importante que todos os protocolos de segurança sejam mantidos, como o uso obrigatório de máscara, álcool em gel e, principalmente, que não saíamos de nossos carros”, completou o post.
Fé
“Tem sido muito triste. Ano passado foi uma frustração muito grande: chegamos a fazer o primeiro ensaio, mas, depois, foi suspenso. A expectativa para este ano é que as coisas estivessem melhores”, relata.
O advogado ainda se recorda da surpresa que teve ao ser convidado para o papel principal, anos atrás. De início, conta, não aceitou. Por fim, a decisão de topar foi a “a melhor coisa que já fez na vida”.
“Todo ano é uma experiência nova, como se fosse a primeira”, diz. “É único poder vivenciar Jesus Cristo nos últimos dias dele. Como cristão, é uma emoção muito grande.”