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Com riso, voluntários ajudam crianças a enfrentar dor da quimio no HCB

A pequena Amanda Rodrigues Magalhães, 11 anos, adquiriu trauma de hospital e precisou da ajuda dos voluntários para superar

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dia do voluntariado
1 de 1 dia do voluntariado - Foto: Reprodução

Medo de médicos e trauma de agulhas, a pequena Amanda Rodrigues Magalhães, 11 anos, vivencia uma rotina intensa para tratar a leucemia. Desde os 3 anos de idade luta contra a doença e as consequências de um tratamento cansativo e, por vezes, doloroso. No início, ainda muito pequena, o pavor de hospital veio cedo, mas com a ajuda de voluntários do Hospital da Criança de Brasília (HCB) aos poucos a menina foi perdendo o medo e aceitando os procedimentos.

“Ela chorava muito porque tinha muito medo. Tinha terror de gente com jaleco branco e chorava pois achava que não podia ficar comigo. Era uma batalha e um sofrimento muito grande. Ela chorava dentro da sala e eu chorava do lado de fora”, relembra Gessilene Rodrigues de Sousa, 43, mãe da criança.

Durante o tratamento, Amanda ganhou uma motivação dentro do hospital. O apoio surgiu com o grupo voluntário Abrace Contadores de Histórias, que distraíam a menina durante as sessões de quimioterapia. Com o tempo, a pequena passou a contar os minutos para os voluntários chegarem ao local e iniciarem as contações de histórias.

“Ela já sabia qual era o dia da leitura e ficava esperando por eles, bem ansiosa. É um pessoal bem carinhoso, eles falam a língua da criança e sabem interagir com ela. Distraem com jeitinho. Dessa forma, mudaram completamente o comportamento da Amanda para o tratamento”, lembra a mãe.

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Conheça Amanda, hoje, com 11 anos:

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Amanda sofre de leucemia
Gessilene e a filha Amanda
Atividade preferida da criança é a leitura
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Pequena Amanda iniciou a quimioterapia com 3 anos

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Amanda sofre de leucemia

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Gessilene e a filha Amanda

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Atividade preferida da criança é a leitura

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A voluntária Áurea Sousa Oliveira, 58 anos, comenta que cada história é criteriosamente escolhida, com objetivos específicos para cada criança. O grupo possibilita que os pequenos se identifiquem com os personagens e encontrem, de forma lúdica, respostas para tantas questões que podem surgir com o adoecimento grave.

“Ficar ao lado de uma pessoa, no momento em que ela se encontra fragilizada ou quando ela mais precisa, nos traz um sentido de vida sem igual. O maior alcance desse grupo é o seu potencial de levar esperança e sentido de vida para as crianças e adolescentes em tratamento. Cada história fica guardada dentro deles”, pontua a voluntária.

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Além da contação de histórias, a palhaçaria é outro artifício que humaniza o tratamento nos hospitais
Crianças em tratamento e as famílias precisam do trabalho artístico para tirarem o foco do momento de dor e batalha
O trabalho voluntário, no entanto, não é um benefício apenas para os pequenos pacientes, mas também para essas pessoas que se disponibilizam a ajudar
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O grupo voluntário Abrace Contadores de Histórias ajudam as crianças a passarem por momentos difíceis ao longo da luta contra o câncer

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Além da contação de histórias, a palhaçaria é outro artifício que humaniza o tratamento nos hospitais

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Crianças em tratamento e as famílias precisam do trabalho artístico para tirarem o foco do momento de dor e batalha

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O trabalho voluntário, no entanto, não é um benefício apenas para os pequenos pacientes, mas também para essas pessoas que se disponibilizam a ajudar

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Além de contadora de história, Áurea é professora de língua portuguesa e literatura no Instituto Federal de Brasília (IFB), e atende como psicóloga voluntária do Abrace.

Esse serviço de terapia voluntária, inclusive, é um apoio importante na vida de Gessilene. A mulher precisou se demitir do emprego como auxiliar administrativa para cuidar da filha, que recebeu o diagnóstico de leucemia ainda pequena. Ao longo dessa dura caminhada, Gessilene ainda adquiriu síndrome do pânico.

“Fico de olho 24 horas nela. Cuidado excessivo. Tudo que ela sente eu já fico tensa e corro para o hospital. Sinto muito medo de perdê-la e sei que isso é uma coisa que a psicóloga entende. Me sinto leve com a terapia e sei que é importante ter alguém para conversar, que não seja da família ou do ciclo de amigos”, explica.

Além da leitura e da terapia, Gessilene também recebe cestas básicas e remédios do Instituto Abrace, que oferece esses serviços voluntários aos pacientes e familiares em vulnerabilidade do Hospital da Criança.

Doutores com riso

A bancária Patrícia Carvalho Andrade, 38 anos, é voluntária do projeto Doutores com Riso, no Hospital da Criança. A mulher presta serviços de palhaçaria com o objetivo de humanizar o tratamento nos hospitais.

“A ideia é quebrar o paradigma de que hospital é um lugar ruim, sem alegria e sem tratamento humanizado. Levamos o palhaço para dentro do hospital com a questão da brincadeira para as crianças que estão passando por aquela dificuldade toda. Dança, malabares, mágica, cantoria, piada, fazemos de tudo para tirar a criança do ambiente de sofrimento”, explica.

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Todos os participantes são voluntários
Crianças recebem apoio dos profissionais
Brincadeiras lúdicas são levadas para o tratamento
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Trabalho é feito no Hospital da Criança

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Todos os participantes são voluntários

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Crianças recebem apoio dos profissionais

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Brincadeiras lúdicas são levadas para o tratamento

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O diretor de criatividade e especialista em atividades de palhaçaria Gustavo Alves, 38, explica que as crianças em tratamento e as famílias precisam do trabalho artístico para tirarem o foco do momento de dor e batalha.

A interação das crianças com o trabalho voluntário, segundo ele, é também uma distração para os pais que precisam ver os filhos voltarem a sorrir. “É uma barra muito difícil, então acaba sendo um momento de amparo, suporte e alívio para os pais. O trabalho voluntário é essencial dentro da comunidade hospitalar e dentro da sociedade”, ressalta o especialista.

Dia 5 de dezembro é comemorado o Dia do Voluntariado. É dedicado às pessoas que se doam em ações do bem sem receber retorno financeiro em troca pelo serviço prestado.

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