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Com risco de desabamento, parte da Rodoviária do Plano é interditada

Novacap culpou técnicos da empresa Vivo pelo incidente, pois teriam rompido cabos de sustentação durante um serviço de instalação de antenas

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1 de 1 WhatsApp-Image-2018-10-10-at-18.15.442 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Defesa Civil interditou parte da Rodoviária do Plano Piloto na tarde desta quarta-feira (10/10). Segundo informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), alguns cabos de sustentação da estrutura da Plataforma B romperam-se quando técnicos da empresa de telefonia Vivo instalavam antenas no local.

A interdição ocorreu preventivamente: o procedimento é adotado sempre que há qualquer risco de desabamento. Não houve pânico nem necessidade de se evacuar o terminal, por onde passam cerca de 700 mil pessoas diariamente. Um especialista avaliará se é imprescindível fazer escoramento.

O trecho interditado fica a poucos metros de uma área isolada por tapumes, onde operários trabalham na revitalização do espaço. As obras de restauração da Rodoviária começaram em 2014. O setor bloqueado fica próximo à escada rolante e ao ponto de embarque e desembarque do BRT.

O diretor-presidente da Novacap, Júlio Menegotto, culpou a Vivo pelos transtornos e ressaltou que a empresa executava os trabalhos sem qualquer autorização. “Como trabalhamos com risco zero, optamos por interditar e calcular se vai haver necessidade de fazer escoramento. A Vivo fazia esse serviço sem comunicar ninguém e terá de arcar com os prejuízos”, destacou.

Em nota, a Vivo confirmou que executava um trabalho na plataforma, “quando houve uma intercorrência durante a atividade”. “A Vivo esclarece que já está em contato com os órgãos competentes para fornecer todas as informações necessárias e tomar as medidas cabíveis”, diz o texto.

Veja os vídeos:

 

Linhas afetadas
Em razão do bloqueio, quatro linhas foram afetadas: duas com destino a Planaltina e duas do BRT, que liga o Plano Piloto a Santa Maria e ao Gama. A mudança obrigou o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) a remanejar os passageiros para outros pontos de embarque.

Além de servidores da Defesa Civil, pelo menos 22 policiais militares foram mobilizados para fazer o isolamento da área.

Veja imagens da área interditada na Rodoviária do Plano:

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Por causa da interdição, quatro linhas foram afetadas e os passageiros tiveram de embarcar em outro ponto do terminal
A Defesa Civil está na Rodoviária para analisar os riscos de desabamento de parte da estrutura
O fluxo de pessoas está restrito à área delimitada pela Polícia Militar
Viaturas na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto
A Polícia Militar interditou parte da área
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Servidores da Defesa Civil e da Novacap avaliam a estrutura do terminal

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Por causa da interdição, quatro linhas foram afetadas e os passageiros tiveram de embarcar em outro ponto do terminal

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A Defesa Civil está na Rodoviária para analisar os riscos de desabamento de parte da estrutura

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O fluxo de pessoas está restrito à área delimitada pela Polícia Militar

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Viaturas na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto

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A Polícia Militar interditou parte da área

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Cones colocados pela PM

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Operários trabalham na Rodoviária do Plano Piloto

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As intervenções devem congestionar o terminal no horário da volta dos brasilienses para casa

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Problemas antigos
Desde sua inauguração, há quase 58 anos, a Rodoviária do Plano Piloto é uma ferida aberta no centro da capital do Brasil. Localizado a 2,8km do Palácio do Buriti, sede do Executivo local, o principal terminal de ônibus do Distrito Federal tem problemas crônicos e oferece risco iminente a quem passa por ali: um segundo de descuido pode ocasionar graves acidentes em buracos no piso e com a fiação elétrica exposta. O ponto de cruzamento dos eixos Rodoviário e Monumental da cidade é um canteiro de obras que parece inacabável.

As reformas aparentam ser infindáveis. A licitação ocorreu no último ano da gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e previu investimentos da ordem de R$ 36,5 milhões. Segundo a Novacap, a reforma deve terminar em junho de 2019 e prevê a correção dos problemas no piso, teto e instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias. A obra também tem, de acordo com a companhia, objetivo de aprimorar a sinalização de acessibilidade, recuperação de calçadas e drenagem interna de águas pluviais.

Processo
Por meio de nota divulgada à noite, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) informou ter determinado à Procuradoria-Geral do DF que ingressasse com ação contra a Vivo. “Sem avisar e sem pedir autorização para qualquer órgão público, [a empresa] destruiu cabos de sustentação, provocando transtornos para a população”, argumentou.

De acordo com o chefe do Executivo local, será cobrado da empresa “a devida indenização pelos danos materiais causados ao patrimônio público do DF, bem como dano moral coletivo em razão da exposição ao risco das pessoas que transitam no local, causando incômodos e apreensão”.

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