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Com prisão de secretário no DF, Fecomércio suspende filiação de Sindilab

Sindicato dos Laboratórios terá 10 dias para apresentar defesa. Há a possibilidade de a entidade ser expulsa em definitivo da federação

atualizado

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Placa branca com detalhes azuis e dourados
1 de 1 Placa branca com detalhes azuis e dourados - Foto: Jacqueline Lisboa/Metrópoles

A diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) decidiu, nesta terça-feira (25/8), suspender temporariamente o Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab-DF) da base de filiados. A decisão veio após um impasse relativo aos testes de Covid-19 aplicados pelo Serviço Social do Comércio (Sesc-DF).

A reunião estava agendada para acontecer havia um mês. Conforme entenderam os diretores de maneira unânime, a entidade representativa dos laboratórios “procedeu com acusações inverídicas, ações judiciais e inverdades colocadas em público, via imprensa, contra a Fecomércio-DF”.

Considerando que a federação teve imagem difamada, todos concordaram em suspender imediatamente o Sindilab até a defesa se pronunciar e posterior decisão definitiva no Conselho de Representantes.

Já Alexandre Bitencourt, presidente da entidade que representa os laboratórios, argumenta que a suspensão é fruto de “manobras estatutárias” do atual presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia. “Utilizou um argumento frágil, interpretando de forma equivocada a nossa ação de evitar que o Sesc realizasse os exames de maneira ilegal”, defende.

Segundo ele, o sindicato não pode ser punido por defender os interesses da categoria. “Estou querendo apenas o cumprimento da lei e do estatuto do próprio sindicato”, explica.

O Sindilab terá 10 dias para apresentar defesa à Fecomércio-DF e posteriormente será avaliada a possibilidade de exclusão definitiva da entidade do quadro de filiados.

Justiça

A decisão é consequência da ação popular do Sindlab-DF para tentar impedir a aquisição e a realização de 50 mil testes para Covid-19 anunciada pelo Sesc-DF nos comerciários locais. A entidade acusou o braço social do Sistema S local de exercício ilegal da profissão de análises laboratoriais.

A compra foi revelada pela coluna Janela Indiscreta e tinha o intuito de diagnosticar gratuitamente funcionários de estabelecimentos comerciais, conforme exige o Governo do Distrito Federal (GDF) para o funcionamento das atividades já permitidas.

Por meio de um pregão, quando há disputa de valores, a entidade social conseguiu oferta pelo preço unitário de R$ 18, um dos mais baixos já divulgados durante a cobertura da crise causada pelo Sars-Cov-2.

No fim de maio, o Serviço Social do Comércio começou a realizar a testagem em massa de comerciantes após acordo firmado entre a Fecomércio-DF e o GDF para a retomada gradual das atividades do setor. Na época, a Secretaria de Saúde doou 1,6 mil kits realizados pelas unidades.

Falso negativo

O questionamento das compras dos testes se deu em momento próximo à deflagração da megaoperação Falso  deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo MP, há indícios de superfaturamento no valor de R$ 30 milhões em cima de contratos que somam R$ 73 milhões na compra de testes de Covid-19.

Veja imagens da operação: 

5 imagens
Entre os alvos, estiveram gestores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Operação foi deflagrada pelo MPDFT e pela PCDF
Operação Falso Negativo do MPDFT levou seis integrantes da Secretaria de Saúde do DF à prisão, inicialmente. Mais dois foram presos depois
Grupo é acusado de fraudar contratos e desviar recursos públicos
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Operação Falso Negativo

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Entre os alvos, estiveram gestores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Operação foi deflagrada pelo MPDFT e pela PCDF

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Operação Falso Negativo do MPDFT levou seis integrantes da Secretaria de Saúde do DF à prisão, inicialmente. Mais dois foram presos depois

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Grupo é acusado de fraudar contratos e desviar recursos públicos

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Nesta terça, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi preso preventivamente. Além de Araújo, que foi detido em casa, no Setor Noroeste, foram alvo de prisão preventiva: Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde; Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde; Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen); Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF; e Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde.

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