Com o pai em estado grave, mulher celebra noivado em hospital do DF
Sabendo que nem mesmo uma internação poderia atrapalhar seu vínculo com o pai, Karen Fernandes celebrar seu noivado na capela do Hran
atualizado
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Joaquim Fernandes, 69 anos, sempre acompanhou a vida da filha Karen de perto, comemorando cada conquista. Sabendo que nem mesmo uma internação com cuidados paliativos poderia atrapalhar esse vínculo, a mulher decidiu celebrar seu noivado na capela do Hospistal Regional da Asa Norte (Hran), com a presença do amado pai, diagnosticado com fibrose pulmonar.
“A situação do meu pai é bem delicada e eu queria que ele participasse, porque a gente não sabe do dia de amanhã, né? Então, meu pai participar disso foi de extrema importância pra mim, até pra ficar registrado na minha memória. […] Porque eu não sei se se eu vou ter ele no momento do dia mesmo, sabe?”, comenta Karen Fernandes, 32 anos.
A ideia da cerimônia no hospital aconteceu em 13 de julho e partiu do noivo Diney Coelho, que sabia da importância de o sogro estar presente no momento: “No meu relacionamento, meu pai gosta muito do meu noivo, meu noivo gosta muito do meu pai. Eles têm uma consideração muito grande um pelo outro”, diz a noiva.
O casal se conheceu há cinco anos. Depois de uma conversa sem compromisso em uma academia de Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal, Karen e Diney resolveram sair. Desde então, não se separaram mais.
Veja vídeo do noivado:
A direção do hospital organizou tudo para acomodar os familiares mais próximos e garantir a saúde de Joaquim.”Eu achei que ia ser só a gente mesmo no quarto. As enfermeiras e outros da equipe se mobilizaram, organizaram tudo. Elas que tiveram a ideia da capela, eu fiquei emocionada porque não poderia imaginar tudo isso”, relembra a noiva.
Para controlar a ansiedade, o pai precisou conversar com uma psicóloga e ser acompanhado por uma enfermeira: “Liguei pra ele perguntando se estava tudo bem. Ele me disse que estava, que era só a emoção de ver a filha casando”.
Segundo Karen, depois do noivado, os médicos deram alta para o seu pai. Agora, Joaquim recebe medicamentos paliativos e descansa em casa, ao lado dos familiares.