Com o fim de auxílio emergencial, Ibaneis prevê ano difícil no DF
Para minimizar impactos da crise, como pobreza e desemprego, o governador planeja turbinar a agenda de obras e os programas sociais
atualizado
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Com fim do auxílio emergencial, pago pelo governo federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) prevê um 2021 difícil, marcado pelo aumento da pobreza e do desemprego no Distrito Federal. Para enfrentar a crise, o emedebista pretende reforçar o plano de obras do governo e ampliar os programas sociais. O governo planeja, por exemplo, estender o Cartão Prato Cheio a mais famílias, para atender a pelo menos 50 mil pessoas carentes até o final do ano.
Ibaneis fez as declarações nesta sexta-feira (1º/1), na Câmara Legislativa (CLDF), logo após a posse da nova Mesa Diretora. O presidente da Casa, deputado Rafael Prudente (MDB), e o vice, deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos), foram reconduzidos aos cargos. É a primeira reeleição na história do Legislativo local.
“A gente espera que tenha um empobrecimento muito grande em 2021, um desemprego muito grande também. E a nossa expectativa é que nós vamos precisar injetar muitos recursos, principalmente em infraestrutura, onde se cria muitos empregos. Vamos tentar gerar empregos por meio das obras que vamos colocar na praça”, assinalou Ibaneis.
“A gente tem a expectativa de que seja um ano difícil, principalmente por conta do desemprego”, disse o governador. Para o emedebista, o benefício minimizava os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
O governador disse ainda esperar que a vacinação contra o Coronavírus comece no Distrito Federal entre o final de janeiro e o início de fevereiro, seguindo as determinações do Ministério da Saúde. Ressaltou ainda que ninguém será obrigado a se imunizar, mas disse acreditar que, quando a vacina estiver disponível, a população vai buscar a vacina.
“Eu tenho ouvido as falas do ministro da Saúde (Eduardo Pazuello) é que até o final de janeiro e início de fevereiro a gente já teria algumas doses da vacina, principalmente para os grupos de risco. Então, isso já nos anima muito”, afirmou Ibaneis.
Segundo o governador, apenas a vacina poderá permitir a retomada segura da economia e do convívio social. “Todo mundo está esperando que essa vacina chegue rápido para que possamos virar a página dessa pandemia, que tem assolado toda população mundial e colocado o Brasil — e Brasília não está fora disso — em uma dificuldade econômica muito grande, sem falar da quantidade de vidas que nós já perdemos”, pontuou.
“Todo mundo fica nesse susto (com a pandemia). Agora com a reinfecção, no aumento do número de casos. A gente tem que fechar as UTIs, têm que deixar de lado as cirurgias eletivas”, lamentou.
Na leitura de Ibaneis, o debate sobre a obrigatoriedade ou não da vacinação é “vazio”. “Não é razoável que a população tão assustada com esse vírus não vá se vacinar. Agora, saiu uma decisão do Supremo (Tribunal Federal) sobre isso. Ninguém vai pegar ninguém na marra, na força, para tomar a vacina”, argumentou.
No dia 17 de dezembro de 2020, o plenário do STF decidiu, por unanimidade, que quem optar por não receber as doses da vacina contra a Covid-19 deverá sofrer punições ou medidas restritivas. Isso não quer dizer que as pessoas serão obrigadas a se imunizar, mas poderão sofrer sanções, como serem impedidas de entrar em determinados locais.
“Acho esse debate muito vazio. A partir do momento que existir a vacina e ela estiver disponível, eu tenho convicção de que a maioria da população vai se vacinar”, declarou.