Com novo reajuste, preço do gás de cozinha deve subir mais 5% no DF
É a 3ª alta somente em 2021. Segundo o sindicato da categoria, aumento deve ser repassado ao consumidor a partir desta terça-feira (2/3)
atualizado
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O preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, como é comumente conhecido, deve ter o preço reajustado mais uma vez. Segundo o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP (Sindvargas-DF), o aumento será de, aproximadamente, 5%.
De acordo com o presidente do Sindivargas-DF, Sérgio Costa, as revendas associadas foram comunicadas pelas distribuidoras, na manhã desta segunda-feira (1º/3), que a Petrobras anunciou mais um reajuste, em média de 5%, que entrará em vigor a partir da 0h desta terça. O último reajuste havia sido anunciado em 8 de fevereiro.
“O presidente Jair Bolsonaro afirmou que zeraria os impostos federais que incidem sobre o GLP (gás de cozinha) por tempo indeterminado, mas, até agora, nenhum decreto deu conta de como isso será viabilizado e, na contramão, vem mais um aumento anunciado pela Petrobras”, disse Sérgio.
Em nota, o Sindvargas informou que entende que a política de preços dos combustíveis é livre, podendo o segmento precificar os produtos e serviços prestados conforme os custos operacionais.
De acordo com a mais recente pesquisa semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) , entre 14 e 20 de fevereiro, o preço médio do gás de cozinha de 13kg praticado no Distrito Federal foi de R$ 77,73.
“Esse índice, com certeza, terá impacto ao consumidor. É impossível as empresas absorverem mais esse aumento. Nossa preocupação é com a prestação do serviço que disponibilizamos ao consumidor. Tantos aumentos fazem com que empresas ministrem cortes nos custos, que podem gerar prejuízo ao consumidor e comprometer a segurança devido a trabalharmos com um produto perigoso”, afirmou o presidente do Sindivargas-DF.
Abragás
Também em nota, a Associação Brasileira das Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragás) informou que, “o único caminho para que o gás de cozinha tenha melhores preços aos consumidores será a abertura total de mercado no setor de distribuição onde hoje não há competição. Existe um monopólio de quatro distribuidoras que dominam 92% do mercado e impõe os preços às revendas da forma que bem entendem. Dessa forma, as distribuidoras continuarão dominando os preços, e os governadores, fazendo a festa com o ICMS de um produto essencial à sobrevivência da população de baixa renda.”