Com novo reajuste, preço do botijão de gás pode chegar a R$ 120 no DF
A partir de 1º de setembro, o GLP passará pelo sétimo aumento em 2021. Produto terá reajuste de, aproximadamente, 7%
atualizado
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Com novo reajuste, o sétimo registrado em 2021, o preço do botijão de gás pode chegar a R$ 120 ou até mais no Distrito Federal. A previsão é do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP do DF (Sindvargas-DF).
O preço do gás de cozinha terá aumento de, aproximadamente, 7% a partir de 1º de setembro.
Segundo o diretor vice-presidente do Sindvargas, Sérgio Costa, o impacto do novo reajuste ficará mais claro a partir da segunda-feira (30/8).
Confira a escalada de preços do gás de cozinha em 2021:
1º/9 – 7%
6/7 – 6%
14/6 – 5,9%
2/4 – 5%
1º/3 – 5%
8/2 – 5%
6/1 – 6%
Pelo diagnóstico do presidente do Conselho Regional de Economia do DF (Corecon-DF) e professor da Universidade de Brasília, César Bergo, o gás sofre grande pressão de preços por causa da demanda.
A crise hídrica está aumentando o consumo do gás nas termoelétricas. Além disso, as cotações do dólar e do petróleo também elevam os preços. “E há uma necessidade de aumentar a importação”, completou.
Para o especialista, a situação é agravada por falhas no sistema de distribuição, o que acaba de alguma forma impingindo esses aumentos, às vezes, não muito racionais”, avaliou.
Inflação inercial
Segundo Bergo, a volta da inflação e o peso dos impostos estaduais também contribuem para o problema. “E vemos a inflação inercial. As pessoas remarcam preços antes dos aumentos. Fica uma coisa automática”, explicou.
“E temos as pessoas que, às vezes, não têm condições de se protegerem da inflação e acabam cobrando mais para estocar. Isso pressiona o mercado”, completou. Além disso, existem os especuladores em busca de lucro com a crise.
“Geralmente a gente identifica os preços mais altos nos locais mais carentes”, destacou.
Dicas para os consumidores:
Pesquise antes de comprar. Troque informações e busque os locais com preços mais baratos;
Compras conjuntas possibilitam preços menores. Organize uma compra compartilhada para negociar redução na fatura;
Busque o consumo mais racional de alimentos. Selecione gêneros que não demandem muito tempo de cozimento;
O ideal é preparar grandes quantidades de alimentos que possam ser armazenados no refrigerador ou congelador, para diminuir o número de cozimentos; e
Verifique se há vazamentos de gás na cozinha.
Distribuidoras
As distribuidoras enviaram notas para as revendedoras informando os aumentos. Os incrementos nos preços do GLP em embalagem variam entre R$ 5,23, R$ 5,89 e R$ 7,42. Nos comunicados, algumas empresas ressaltam que a revisão anual dos valores do produto ocorre em setembro.
“Causará mais um impacto nos consumidores. Nosso compromisso é manter o serviço, que é de excelência, prezando a qualidade, garantia e segurança ao consumidor; por isso, não há como absorver qualquer tipo de reajuste”, argumentou Sérgio Costa.
Veja os comunicados das distribuidoras:
Alta nos preços
O último reajuste do gás de cozinha ocorreu em 14 de junho de 2021. O aumento foi de 5,9%. À época, conforme avaliação do Sindvargas, o preço para o consumidor poderia chegar a R$ 105.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio praticado na venda do GLP (13 kg) é R$ 85. A pesquisa foi feita entre 15 e 21 de agosto.
Além disso, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou o cartão-gás para ajudar famílias carentes na compra do botijão. O benefício é de R$ 100 a cada dois meses. O objetivo é ajudar 70 mil pessoas.
Leia a nota do Sindvargas-DF na íntegra:
DISTRIBUIDORAS ANUNCIAM REAJUSTE NO GÁS DE COZINHA A PARTIR DE 1º DE SETEMBRO!
Nossos associados e representados estão recebendo comunicado de mais um reajuste no gás de cozinha, aumento será em média de 7% e entrará em vigor as 0 horas do dia 01/09 (terça feira).
Esse reajuste está sendo anunciado pelas distribuidoras engarrafadoras e causará mais um impacto nos consumidores.
Nosso compromisso é manter nosso serviço que é de excelência prezando a qualidade, garantia e segurança ao consumidor, por isso não há como absorver qualquer tipo de reajuste.
Sérgio Costa
Diretor vice-presidente
Sindvargas