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Com novo aumento, preço da gasolina pode chegar a R$ 8 no DF

Reajuste de 5,18% anunciado pela Petrobras pode fazer com que o litro da gasolina comum volte a ficar perto dos R$ 8 na capital do país

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Motorista paga frentista com nota de R$ 100
1 de 1 Motorista paga frentista com nota de R$ 100 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com novo reajuste anunciado pela Petrobras, a gasolina comum poderá ficar até R$ 0,20 mais cara nos postos de combustíveis do Distrito Federal, segundo apuração do Metrópoles. Dessa forma, o litro voltaria a ficar próximo dos R$ 8.

No caso do diesel, o aumento é de até R$ 0,70. Os preços poderão ser reajustados a partir deste sábado (18/6). Os valores podem variar, pois cada posto pode optar por absorver parte do aumento e não repassá-lo para o consumidor.

O aumento da Petrobras atinge diretamente as distribuidoras. Tradicionalmente, elas não costumam deixar de repassar os aumentos para as revendedoras. Ou seja, vão entregar o produto com valores reajustados para os postos.

A alta surpreendeu consumidores e os postos de combustíveis. Recentemente, o DF registrou queda no preço da gasolina comum.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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O cenário, no entanto, pode mudar. O presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia a sanção do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 18/2022, que fixa o teto do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações.

Mesmo assim, em caso de sanção, o impacto não será imediato. As distribuidoras têm combustível comprado anteriormente da Petrobrás e estocado com o ICMS recolhido.

No caso da sanção, o preço do diesel continuará em alta, pois o combustível sobe até R$ 0,70, mas cairá R$ 0,35. Em relação à gasolina, após o aumento de R$ 0,20, haverá redução de R$ 0,50. Ou seja, ficará R$ 0,30 mais barata.

Cenário nebuloso

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis) do DF, Paulo Tavares, o cenário ainda é muito nebuloso.

Tavares comenta que o setor apoiou a proposta de redução da alíquota do ICMS, mas destacou que a medida não seria suficiente para resolver o problema dos preços dos combustíveis.

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No entanto, segundo o relatório semanal da consultoria Global Petrol Prices realizado em início de março de 2022, o Brasil, na verdade, fica em 90º lugar no ranking mundial. O preço médio do litro de gasolina no país custa US$ 1,287. Em real, o valor seria R$ 6,56, muito mais elevado do que em países como a Venezuela, por exemplo
De acordo com o relatório, o país que faz fronteira com o Brasil tem o menor preço da gasolina. Por lá, o litro está custando aproximadamente US$ 0,025
Assim como na Venezuela, o preço da gasolina na Líbia também é um dos mais baixos do mundo. No país localizado no continente africano, o litro do combustível chega a US$ 0,032
No Irã, o litro de gasolina custa cerca de US$ 0,051; na Síria, US$ 0,316; na Argélia, US$ 0,321; na Angola, US$ 0,337; e, no Kuwait, custa US$ 0,346
Até então, na Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, o litro do combustível custa US$ 0,373; no Cazaquistão, US$ 0,400; na Nigéria, US$ 0,400; na Malásia, US$ 0,491; na Bolívia, US$ 0,545; no Catar, R$ 0,577; na Colômbia, US$ 0,624; e, nas Maldivas, custa aproximadamente US$ 0,840
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Durante participação por videoconferência do Congresso Brasil Profundo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a gasolina brasileira é a mais barata do mundo. O pronunciamento aconteceu em meio a mais um aumento no preço do combustível no país

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No entanto, segundo o relatório semanal da consultoria Global Petrol Prices realizado em início de março de 2022, o Brasil, na verdade, fica em 90º lugar no ranking mundial. O preço médio do litro de gasolina no país custa US$ 1,287. Em real, o valor seria R$ 6,56, muito mais elevado do que em países como a Venezuela, por exemplo

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De acordo com o relatório, o país que faz fronteira com o Brasil tem o menor preço da gasolina. Por lá, o litro está custando aproximadamente US$ 0,025

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Assim como na Venezuela, o preço da gasolina na Líbia também é um dos mais baixos do mundo. No país localizado no continente africano, o litro do combustível chega a US$ 0,032

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No Irã, o litro de gasolina custa cerca de US$ 0,051; na Síria, US$ 0,316; na Argélia, US$ 0,321; na Angola, US$ 0,337; e, no Kuwait, custa US$ 0,346

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Até então, na Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, o litro do combustível custa US$ 0,373; no Cazaquistão, US$ 0,400; na Nigéria, US$ 0,400; na Malásia, US$ 0,491; na Bolívia, US$ 0,545; no Catar, R$ 0,577; na Colômbia, US$ 0,624; e, nas Maldivas, custa aproximadamente US$ 0,840

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Na vizinha Argentina, o litro da gasolina custa R$ 0,976; no México, US$ 1,078; nos Estados Unidos, US$ 1,178; na Ucrânia, que está em guerra com a Rússia, até então, o litro da gasolina custa US$ 1,183 e, no Paraguai, US$ 1,208

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A diferença de preço de cada país varia conforme a taxação de impostos, já que todos os países compram o petróleo nos mercados internacionais pelos mesmos preços, mas submetem diferentes impostos

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No Brasil, a Petrobras anunciou recentemente o aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias. Já o gás de cozinha (GLP), a alta foi de 16,1%. Com o novo reajuste, o valor atual da gasolina no Brasil está acima dos R$ 7,00 por litro

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A defasagem em relação aos preços internacionais abre brecha para novos aumentos. “A diferença de pauta da gasolina era de R$ 0,70. Estão repassando R$ 0,20. Falta R$ 0,50. E, do diesel, era de R$ 1,40. E repassaram R$ 0,70”, alertou.

Preços distintos

Segundo Tavares, cada posto vai analisar se tem capacidade ou não de repassar o aumento para o consumidor. As revendedoras também vão ponderar se vão aguardar ou não a possível sanção da redução do ICMS.

“Você observa que, hoje, Brasília tem todo tipo de preço. O preço de Ceilândia é completamente diferente do cobrado no Plano Piloto”, comentou.

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