Com novo aditivo, obras na Torre de TV passam a custar R$ 16,2 milhões
GDF autorizou mais R$ 2,5 milhões para reformas. Valor é para o reforço da estrutura dos pilares em concreto armado
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) autorizou um aditivo de R$ 2,5 milhões para as obras da Torre de TV. O contrato para a realização de serviços de revitalização, recuperação e reforço do monumento foi assinado em 2013, visando boas condições para a Copa do Mundo de 2014, no valor de R$ 12 milhões. Contudo, até hoje as intervenções não foram concluídas.
O acordo é entre a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e a Concrepoxi. Ao Metrópoles, a Novacap explicou que este é o segundo termo aditivo financeiro autorizado para a intervenção, e se refere ao reforço da estrutura dos pilares em concreto armado.
O primeiro aporte extra, de R$ 1,6 milhão, é de 2014 e serviu “para obras complementares de acesso, para garantir sua perfeita utilização e acesso dos visitantes”. Com o segundo aditivo, o custo do contrato chega a R$ 16,2 milhões, dos quais cerca de R$ 8 milhões já foram pagos, conforme a Novacap.
Os dois adicionais foram autorizados “devido a interferências encontradas durante a obra”, segundo a companhia. A previsão inicial era de concluir a intervenção em março de 2014, mas a reforma foi interrompida em governos anteriores. A estimativa da nova gestão é de conclui-la no segundo semestre de 2019.
Feira prejudicada
A reforma está com 70% das obras executadas, segundo a Novacap. O órgão explica que elas contemplam a recuperação das estruturas de concreto e a manutenção e revitalização do alicerce metálico.
A Torre de TV, inaugurada em 1967, está fechada para visitação desde 2018, o que tem causado consequências negativas no comércio, segundo a associação da Feira de Artesanato da Torre de TV. O presidente da entidade, Jocélio Aleixo da Silva, disse que houve redução de 30% nas vendas desde então. “E uma diminuição considerável de visitas à nossa feira”, acrescentou.
A Novacap disse que está executando projetos de melhorias na área da feira, que inclui cobertura e locais de convivência, o que deve ajudar a retomar o movimento do comércio. Os procedimentos estão em fase de orçamento, por conta de alterações solicitadas pelos feirantes, de acordo com o órgão. A licitação deve ser lançada no próximo semestre deste ano.
A feira também é alvo de fiscalização. O Executivo local analisará a ocupação do espaço a fim de apurar denúncias de ilegalidades no uso do local. O secretário-adjunto das Cidades, Gustavo Aires, disse ao Metrópoles que quem estiver nos boxes de forma irregular será retirado.