Com multa de R$ 2 mil valendo, poucos circulam sem máscaras no DF
Em Taguatinga e Ceilândia, a maioria das pessoas está usando o acessório. A reportagem não flagrou fiscalização em nenhuma das duas cidades
atualizado
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Já está valendo a punição para quem não usar máscara no Distrito Federal. Desde as primeiras horas do dia, o Metrópoles percorre regiões administrativas, como Taguatinga e Ceilândia, e pôde observar que a maior parte das pessoas está usando o item de proteção. Quem insistir em desrespeitar a regra pode desembolsar multa de R$ 2 mil.
Em Taguatinga Centro, na manhã desta segunda-feira (11/05), a doméstica Creuza Gomes, 52 anos, que iria pegar um ônibus para trabalhar em Vicente Pires, estava devidamente protegida. “A maioria está se prevenindo. Eu acho certo. Temos que respeitar as orientações e cuidar uns dos outros. A gente ainda vê alguém que não usa, mas é a minoria”, disse.
Marina Fernandes, 53, também aguardava ônibus na parada nesta manhã e estava com o acessório cobrindo a boca e o nariz. “Esse vírus está matando e a gente precisa usar a máscara e o álcool em gel. Eu não saio de casa há um bom tempo. Consegui uma diária e, como estou precisando do dinheiro, resolvi aceitar hoje. Vi poucas pessoas nos ônibus sem a proteção. Acho que a maioria está conscientizada”, afirmou.
Tanto nas paradas de ônibus do centro de Taguatinga como no metrô, a reportagem não flagrou muitas pessoas sem a máscara. Também não havia fiscalização. Na estação Praça do Relógio, uma pessoa entrou no local sem a proteção, mas não foi barrada. O funcionário entregou o item e orientou o usuários sobre o uso.
O movimento no centro de Ceilândia está atípico na manhã desta segunda-feira (11/05). Há poucas pessoas circulando e sem máscara. Entre elas, ambulantes que ainda insistem em desrespeitar a determinação. Alguns populares, quando perceberam a presença da equipe de reportagem, tiravam o acessório do bolso e colocavam no rosto.
A punição entra em vigor 11 dias após o governador Ibaneis Rocha (MDB) instituir o uso obrigatório do acessório a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus. Além da multa, o infrator poderá responder por crime de infração de medida sanitária, que tem pena de prisão de até 1 ano.
No transporte público, a orientação é clara: motoristas, cobradores e operadores do metrô devem trabalhar com o item e têm de exigir que o passageiro utilize o equipamento desde o momento do embarque, durante a viagem, até o desembarque. Quem ainda não tiver a proteção, pode retirar em postos distribuídos nos terminais rodoviários.
A fim de evitar complicações e também contribuir com os passageiros, muitos cobradores estão percorrendo os terminais e indo até as filas de embarque oferecer máscaras para quem ainda não recebeu. Segundo dados da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), até agora mais de 90 mil foram entregues.
Caso o passageiro sem o equipamento insista em fazer a viagem, o motorista está autorizado a pedir ajuda policial. Se for permitido o acesso de qualquer usuário sem a proteção, a empresa será multada pela Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa).
A obrigatoriedade do uso também é aplicada aos motoristas de táxi e de serviço de transporte por aplicativo. A multa, neste caso, é de R$ 200.
Comércio
O decreto ainda estabelece que as lojas deverão impedir a entrada e a permanência de pessoas sem o adereço. A recomendação do GDF é de que os cidadãos usem modelos caseiros, seguindo orientações do Ministério da Saúde.
Motoboys receberam suporte
Duzentos entregadores de aplicativos de comida receberam, nesse sábado (09/05), kits com álcool em gel, máscaras reutilizáveis e cartilhas didáticas sobre cuidados com o novo coronavírus. A ação foi promovida pelo programa Todos Contra a Covid, do Governo do Distrito Federal (GDF).
Foi o terceiro fim de semana com entregas de kits pelo comitê.