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Com indefinição sobre realização do Censo, Codeplan reforça Pdad

Ao Metrópoles, o presidente da Codeplan, Jean Lima, afirmou que a ausência da pesquisa realizada pelo IBGE pode impactar políticas públicas

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Caio Barbieiri entrevista Jean Lima
1 de 1 Caio Barbieiri entrevista Jean Lima - Foto: Metrópoles

Diante da indefinição sobre a realização do Censo, a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) reforçou a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad). Os responsáveis pelo levantamento feito pelo Governo do Distrito Federal (GDF) visitarão 35 mil domicílios das 33 regiões administrativas da capital do país.

Em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Codeplan, Jean Lima, destacou que “o Censo é insubstituível”. A companhia, no entanto, contratou pesquisadores para preencher lacunas deixadas pela possível ausência — ou atraso — do levantamento nacional.

“Estamos contratando bolsistas, demógrafos, para as atualizações das projeções populacionais até 2025. Assim teremos dados, por região administrativa. Por exemplo, um administrador precisa ter a projeção de 2024 para saber quantas creches serão necessárias em cada cidade, quantos postos de saúde. É uma das demandas que a ausência do Censo dificulta”, afirmou Jean (confira a partir 4’30”).

O presidente da Codeplan explicou que o Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a Pdad são pesquisas com metodologias e objetivos diferentes. “O Censo é insubstituível. Pelo Censo a gente consegue ter acesso à macropolítica, como pirâmide etária, e à micropolítica, número de analfabetos por bairro, por exemplo. O Censo é muito amplo”, disse

“A Pdad é amostral. A gente vai a 40 mil domicílios nas 33 regiões administrativas. Ela dá um retrato da sociedade. Na Pdad a gente identifica o perfil de renda, o acesso ao trabalho, as características do domicílio, acesso a bens.”

Novidades
Em 2021, a pesquisa apresenta novidades nos dados populacionais. Além das questões tradicionais, perguntas sobre animais domésticos e segurança alimentar, haverá um questionário suplementar. Neste documento, o formulário vai abranger orientação sexual e identidade de gênero como questões LGBTQIA+.

“Assim como todos os dados da pesquisa, essas informações irão subsidiar políticas públicas”, afirmou Jean. “É possível haver subnotificação por preconceito. Por isso é importante as pessoas se conscientizarem a contribuírem”, destacou. “A gente não vai dizer quem é LGBTQIA+, a gente não identifica as pessoas, identificamos o recorte populacional.”

Já em campo, os pesquisadores foram orientados para adotarem medidas para evitar a disseminação da Covid-19, segundo Jean. “Por ser um questionário muito amplo, é imprescindível que seja presencial. São mais de 250 perguntas, demora cerca de 30 minutos para ser respondido. É muito extenso para ser por telefone. Mas a orientação é de que os pesquisadores mantenham o distanciamento social, utilizem máscaras e álcool em gel. E a orientação é que a pesquisa não seja feita dentro do domicílio. Pode ser feita pelo interfone ou na área externa.”

Outro alerta é sobre possíveis tentativas de golpe. “O pesquisador da Codeplan não pede nenhum documento pessoal, como identidade e CPF. Muito menos documento bancário”, explicou. O presidente da Codeplan pontuou que é possível conferir o nome e a matrícula do servidor no crachá do órgão e consultar o site para confirmar as informações.

Na entrevista, Jean também falou de outras pesquisas realizadas pela Codeplan em andamento, como o censo de pessoas em população em rua no Distrito Federal e levantamentos sobre o comportamento das pessoas durante a pandemia do novo coronavírus. Confira:

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