Com honrarias militares, soldado atropelado por BRT é enterrado no DF
Amigos, familiares e colegas de farda de Cristian Jefferson prestaram as últimas homenagens ao rapaz, no cemitério do Gama
atualizado
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O velório e o sepultamento do militar morto após ser atropelado por um ônibus do BRT, na noite de segunda-feira (7/12), aconteceram na tarde desta terça (8/12), no Gama. Cristian Jefferson, 19 anos, foi atingido em cheio pelo coletivo e acabou ficando sob o veículo, morrendo no local. Amigos, familiares e colegas de farda do rapaz prestaram as últimas homenagens a ele no cemitério Campo da Esperança da região administrativa.
O acidente aconteceu por volta das 18h30, quando Cristian voltava de um passeio com a namorada, Naiane Amorim Santana, 18, e um grupo de amigos. Segundo conhecidos do rapaz, era comum que ele aproveitasse os fins de tarde para fazer caminhadas pelo local.
Naiane também foi atingida e, após ser levada para uma unidade de saúde, precisou ter o pé direito amputado. Valdirene Nascimento, 52, tia da jovem, diz que ela está na UTI, sedada, no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama.
Um outro rapaz, de 17 anos, teve fratura na perna esquerda, em menor gravidade. Uma passageira do ônibus sofreu escoriações leves.
Cristian era soldado das Forças Armadas, lotado no Exército Brasileiro, onde prestava serviço no Comando Militar do Planalto. Durante a cerimônia de despedida, vários colegas de farda compareceram ao local. Uniformizados, prestaram as últimas homenagens ao colega. Com honrarias militares, carregaram o caixão e fizeram disparos para cima, em saudação ao colega.
Amigos o descreveram como uma pessoa muito afetuosa, divertida e extrovertida, que tinha o sonho de se tornar engenheiro de sucesso.
Segundo a amiga de infância de Cristian, Thamyres Rayane, 19, o rapaz era muito atencioso com os amigos e “adorava abraçar”. “Ele era uma pessoa maravilhosa, muito extrovertida e brincalhona. Muito carinhoso”, disse a estudante, visivelmente emocionada.
Durante a cerimônia, familiares do rapaz preferiram não comentar a tragédia. Pediram que a privacidade e a dor, no momento de luto, fossem respeitados, e não concederam entrevista.
Por meio de nota, a Viação Pioneira lamentou o ocorrido. “A empresa se solidariza com as famílias das vítimas. A equipe de serviço social da empresa irá entrar contato com as famílias para saber das necessidades”, comunicou a empresa.