Com caminhões parados, tomate e batata chegam a dobrar preço na Ceasa
Na Central de Abastecimento, produtos como mamão e melão estão em falta. Em alguns supermercados, estoque de carne corre risco
atualizado
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A greve dos caminhoneiros já chega ao quarto dia consecutivo em rodovias que cortam o Distrito Federal. O protesto já prejudica o abastecimento de mercados. Pior: provoca o aumento do preço de produtos nas feiras, como batata e tomate.
Na manhã desta quinta-feira (24/5), consumidores que foram à Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) se depararam com o preço da caixa com 20kg de tomate a R$ 130. Antes, o valor era R$ 60. Já o saco da batata inglesa com 50kg, vendido por R$ 100 na terça-feira (22), passou para R$ 160 nesta quinta. Em dois dias, o valor aumentou 60%.
A paralisação, que começou na segunda-feira (21/5) em protesto pela redução do preço do diesel, afeta o fornecimento de frutas, verduras e legumes na capital, segundo a Ceasa-DF e a Associação de Supermercados de Brasília (Asbra).
Conforme relatos de alguns comerciantes, não está sendo possível manter os estoques. Segundo a assessora de imprensa do Ceasa, pelo menos 50% dos caminhões que abastecem o DF não conseguem entrar na central.Produtos como mamão e melão já não têm em alguns boxes da Ceasa. Os donos da bancas ainda calculam o prejuízo. De acordo com a Asbra, a falta de um ou outro tipo de carne também já é detectada em alguns supermercados. “Entretanto, não se pode dizer que esse setor está desabastecido, ainda há estoque para mais alguns dias, desde que não haja uma correria em busca de estocagem de alimentos por parte dos consumidores”, informa a associação, por meio de nota.
Colaborou Isadora Teixeira