Com coágulo cerebral, mãe de mulher morta atropelada aguarda cirurgia
A mãe de Juliana Barboza Soares sofreu múltiplas fraturas e tem um coágulo no cérebro. A filha da vítima, de 5 anos, quebrou uma perna
atualizado
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Maria do Socorro Barboza Soares, 60 anos, e sua neta, Juliana, de 5 anos, permanecem internadas após terem sido atropeladas por Wallison Felipe de Oliveira, 29, que também matou a ex-companheira, Juliana Barboza Soares, mãe da criança.
O crime ocorreu na Quadra 3 do Setor Sul do Gama na noite dessa terça-feira (20/8). Depois de cometer o feminicídio e as duas tentativas de homicídio, o assassino fugiu a pé, mas foi preso na tarde de quarta.
A criança foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com fratura na perna e hematomas. A mãe da vítima sofreu fraturas no braço, foi transportada ao Hospital Regional do Gama (HRG). Maria do Socorro sofreu múltiplas fraturas e um coágulo na cabeça, aguardando cirurgia.
Antônio Adonel, ex-marido de Juliana e pai da criança, contou que a filha está consciente, mas ainda não sabe da morte da mãe. “Ela me pergunta pela mamãe, e eu apenas digo que Juliana também foi vítima do acidente. Mas ela ainda não sabe da morte,” relatou.
Ele acrescentou que, na primeira colisão, Juliana teve uma perna amputada, e a filha quebrou a perna. Mesmo ferida, Juliana teria pedido à filha que corresse para evitar ser atingida novamente, o que acabou salvando a vida da menina.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o atropelamento aconteceu por volta das 23h. Quando Wallison atropelou a família, Juliana foi atingida três vezes.
O feminicida, que tinha registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), foi preso na tarde dessa quarta-feira (21/8). Com ele, a polícia apreendeu uma pistola e uma espingarda.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Metrópoles mostram o momento em que Wallison vê as vítimas caminharem pela rua. Pouco depois, ele sobe com o carro no meio-fio e as atropela.
Assista:
Em conversa com o Metrópoles, o pai de Juliana, José Givaldo Soares, 62 anos, contou que soube do atropelamento da família na madrugada de quarta-feira (21/8).
“Fui acordado durante a madrugada com a triste notícia desse acidente. Só depois que tudo aconteceu que eu soube das agressões que a minha filha viveu nesse relacionamento. Ela nunca contou nada para nós, os pais dela”, disse o aposentado.
Ele detalha ter descoberto que a filha já foi agredida e ameaçada de morte por Wallison.
“Em uma das ocasiões, ele bateu na cara da Juliana e pegou o celular dela. Ela conseguiu medidas protetivas, mas os pais do ex-namorado foram na casa dela e pediram que ela retirasse a decisão judicial, porque prometeram que ele iria melhorar. No fim, ele a matou.”
Enquanto vive o luto pela perda da filha, José Givaldo tem se dividido entre dois hospitais para acompanhar a esposa, Maria do Socorro Barboza Soares, 60 anos, e a neta de 5 anos.