Com chuva, cresce risco de picada de escorpião; saiba como se prevenir

Com a volta das chuvas, cresce o risco de encontros com escorpiões. O aumento da população de aracnídeos tem exposto mais pessoas a acidentes e picadas com veneno no Distrito Federal.

Segundo a Secretaria de Saúde, de janeiro a outubro de 2023, foram 2.360 casos. No mesmo período, houve registro 2.262 chamados para captura dos peçonhentos.

“Temos visto um aumento importante na quantidade de acidentes causados por escorpiões. Vários fatores podem explicar essa situação, entre eles o crescimento desordenado das cidades e a ocupação irregular do solo”, explica o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), Israel Martins.

Com isso, os aracnídeos têm mais esconderijos e alimento.

De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde, as regiões administrativas com mais ocorrências de acidentes com escorpiões no DF são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião. Nesses locais os cuidados devem ser redobrados.

No DF são encontrados três tipos de aracnídeos: amarelo, de patas rajadas e preto. O primeiro é o mais comum na área urbana e costuma ser o maior causador dos acidentes, enquanto os demais estão mais presentes em localidades rurais.

O que fazer?

Ao encontrar um escorpião, a pessoa deve ligar para a ouvidoria da Secretaria de Saúde pelo número 160. Uma equipe será enviada para capturar o animal. No caso de picada, a rápida resposta ao acidente é o principal aliado contra possíveis sequelas e até óbitos.

O local da picada deve ser lavado com água e sabão e o paciente deve procurar atendimento médico o quanto antes, se possível com o animal causador do acidente. Em caso de emergência, a pessoa pode chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

O DF conta com 11 unidades de saúde com o soro antiveneno disponível. Confira a lista:

• Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul
• Hospital Regional de Guará (HRGu)
• Hospital Regional de Brazlândia
• Hospital da Região Leste, no Paranoá
• Hospital Regional de Ceilândia (HRC)
• Hospital Regional do Gama (HRG)
• Hospital Regional de Santa Maria (HRSM)
• Hospital Regional de Planaltina (HRP)
• Hospital Regional de Sobradinho (HRS)
• Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
• Hospital Regional da Asa Norte (Hran)

Sem inseticidas eficazes para controlar os animais no perímetro urbano, segundo a pasta da Saúde, a melhor estratégia é adotar cuidados para prevenir as ocorrências, eliminando condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos. Ou seja, é preciso cuidar da limpeza do exterior e interior dos imóveis.

De acordo com a pasta, evitar o acúmulo de lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações é um dos métodos de precaução. É recomendado que móveis, cortinas, quadros, cantos de parede, terrenos baldios próximo das residências, jardins, quintais e celeiros sejam regularmente limpos.

Olhe o calçado

Também é sugerido que plantas trepadeiras sejam evitadas. Frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés nas residências devem ser vedados. Calçados, roupas, toalhas, panos e tapetes devem ser inspecionados antes de usados para que possa ser verificada a presença ou não dos bichos.

Outra preocupação é com a presença de roedores e insetos, principalmente baratas. Segundo a pasta, estes animais servem de alimento para os escorpiões. A Secretaria de Saúde também é responsável por inspeções domiciliares a partir da identificação de áreas infestadas e das demandas da população.