Com Brics, taxas de ocupação em hotéis de Brasília chegam a 80%
Esplanada está com o trânsito fechado e segurança reforçada por causa do evento internacional. Aeroporto ficou lotado nesta manhã
atualizado
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Brasília vive um meio de semana atípico. O encontro dos Brics mudou a rotina da capital nesta quarta-feira (13/11/2019). Os hotéis estão lotados, a Esplanada dos Ministérios, bem-vigiada com militares devido ao evento internacional e com o trânsito totalmente fechado. Por outro lado, os órgãos públicos estão vazios após o governo decretar ponto facultativo em âmbito federal e local.
De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Antônio da Silva, os principais hotéis da capital têm lotação entre 75% e 80%. Durante a semana, a taxa de ocupação chega a 55%. Entre os locais lotados, estão o Hotel B, Mercure e o Kubitschel Plaza, no Setor Hoteleiro Norte; o Windsor, no Setor Hoteleiro Sul; e o Royal Tulip, no Setor de Hotéis de Turismo Norte.
Ainda segundo Jael Silva, enquanto os restaurantes, principalmente os de classes A e B, se beneficiam pelo movimento provocado pela reunião do Brics em Brasília, os bares da capital não devem sentir diferença no movimento.
Tirando a área central, as outras partes da cidade estão movimentadas, porque o feriado é só na sexta-feira (15/11/2019). Quem conseguiu folgas extras já deixou a capital. Prova disso é que o Aeroporto de Brasília estava com movimento intenso no começo da manhã desta quarta-feira.
Com o trânsito fechado na Esplanada, os brasilienses utilizam o Eixão como escape, logo, não há muitos problemas para trafegar na cidade. O balão que dá acesso às vias S2, N2, L2 sul e L2 Norte está com bloqueios, mas o trânsito flui normalmente. Um pouco mais cheio com o desvio da S1 para L2 Sul, mas nada caótico.
Dimensão do evento
O Brics trouxe a Brasília líderes de países de mercado emergente que visam ao desenvolvimento econômico. A coordenação entre Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) começou de uma maneira informal em 2006, com uma reunião de trabalho entre os chanceleres dos quatro países à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Desde então, a sigla criada alguns anos antes pelo mercado financeiro não se limitou em identificar apenas as quatro economias emergentes.
O Brics passou a constituir mecanismo de cooperação em áreas que tenham o potencial de gerar resultados concretos aos brasileiros e aos povos dos demais membros. Desde 2009, os chefes de Estado e de Governo do agrupamento se encontram anualmente. Em 2011, na Cúpula de Sanya, a África do Sul passou a fazer parte grupo, acrescentando o “S” que faltava ao Brics.